O que é a tortura? Como um ser humano pode conceber usar o corpo de outro ser humano, que possui a mesma pele, a mesma boca, os mesmos dentes, os mesmos ossos, os mesmos cabelos, os mesmos bilhões de neurônios, para puni-lo com dor, desespero e medo?
Por Mauro Santayana*, em seu blog
Nesta terça-feira (18), o Tribunal de Justiça de São Paulo julgou improcedente, por 2 votos a 1, o pedido do Ministério Público de São Paulo, que recorreu de decisão proferida em 18 de abril de 2012, argumentando que “tortura é causa remota da morte, não podendo assim constar na certidão de óbito”. “É uma grande vitória para nós, mas, sobretudo para a família de João Batista Franco Drummond”, declarou ao Portal Vermelho o advogado Egmar José de Oliveira.
Joanne Mota, para o Vermelho
O promotor de justiça interpôs recurso para retificação do óbito do dirigente comunista João Batista Franco Drummond, assassinado em 1976 no DOI-Codi em São Paulo. A apelação será julgada nesta terça-feira (18), às 13h30, no Tribunal de Justiça de São Paulo. A mobilização de lideranças é fundamental para manutenção da certidão do óbito do comunista.
Por Ana Flávia Marx, da Redação do Vermelho-SP
Em depoimento à Comissão Estadual da Verdade do Rio, o coronel reformado Raimundo Ronaldo Campos admitiu que o Exército montou uma farsa para esconder a morte do ex-deputado Rubens Beirodt Paiva, que aparece na lista de mortos e desaparecidos do período da ditadura militar desde o dia 20 de janeiro de 1971.
O guerreiro luta por uma causa. O torturador se distingue pela ausência de riscos. O torturado sempre está desarmado. O torturador brinca com o medo do outro, porque não consegue enfrentar o seu.
Mauro Santayana*, na Rede Brasil Atual
A Comissão Nacional da Verdade vai surpreender a todos, disse sexta-feira (24) a advogada Rosa Cardoso, que integra o colegiado, ao final de audiência pública no Arquivo Nacional. Na audiência, foram ouvidas vítimas de torturas e testemunhas de mortes ocorridas na Vila Militar de Deodoro, na época da ditadura, entre 1969 e 1973.
O jornalista Dermi Azevedo, ativista dos direitos humanos, lançou o livro Travessias Torturadas, onde conta histórias inéditas do período da ditadura militar no Brasil.
A morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek ganhou uma nova explicação em 2013. A versão oficial, segundo a qual JK morreu em agosto de 1976 em um acidente de automóvel, foi contestada pela Comissão Municipal da Verdade de São Paulo Vladimir Herzog. Após uma série de audiências durante o ano para investigar a morte do ex-presidente, a comissão decidiu declarar, em dezembro, que houve assassinato.
Durante a cerimônia de entrega da 19ª Edição do Prêmio de Direitos Humanos, a presidenta Dilma Rousseff defendeu as ações do governo para o enfrentamento à violência e contra as práticas de tortura. “O Estado brasileiro não aceita nem aceitará práticas de tortura contra qualquer cidadão”, afirmou.
Um livro essencial sobre os crimes da ditadura: é lançado, em São Paulo, Tortura, testemunhos de um crime demasiadamente humano, de Maria Auxiliadora de Almeida Cunha Arantes.
Por José Carlos Ruy*
Atualmente, a Colômbia, Chile, Peru, Brasil, Uruguai, Panamá, México, Honduras, El Salvador, Guatemala, Paraguai, Costa Rica, República Dominicana, entre outros, continuam enviando tropas para serem treinadas na Escola das Américas, academia militar do Exército dos Estados Unidos.
Por SOA Watch Latina*
Um estudo independente, chamado de "Ética Abandonada", revelou nesta terça-feira (5) que médicos militares dos EUA participaram de torturas em Guantânamo e outras prisões da CIA, violando códigos éticos da profissão. Segundo a pesquisa, doutores e psicólogos "formulavam, participavam e permitiam tortura, tratamento cruel, desumano e degradante dos prisioneiros".