Desenvolvido pela Repórter Brasil, "Moda Livre" enquadra as empresas que atuam no Brasil em diferentes categorias.
Por Marilu Cabañas*
Avanços no combate ao problema estão ameaçados pelas restrições orçamentárias de Temer. "Se não houver medidas suplementares, não teremos orçamento para seguir com as operações", diz representante do MPT.
Por Maurício Angelo*
“O Brasil tem protagonizado vergonhosamente um declínio inequívoco do empenho enquanto Estado para erradicar o trabalho escravo. Foi isso que o governo fez: inviabilizou a fiscalização do trabalho escravo”, declarou o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, Carlos Fernando da Silva Filho. Em audiência pública nesta segunda-feira (21) no Senado Federal ele afirmou que o contingenciamento feito este ano no orçamento da inspeção compromete o combate ao trabalho escravo.
Contrariando sua promessa, o governo Michel Temer deixou sem recursos as ações de combate ao trabalho escravo e ao trabalho infantil. A informação é do Blog do Sakamoto, que é especializado no assunto.
Ação busca a condenação de quatro empresas por aliciamento e tráfico de pessoas. Uma das vítimas conta que ficou sete meses proibida de sair do apartamento onde trabalhava
Trabalhando por meses sem descanso e sem alimentação suficiente, imigrantes viviam em situação de trabalho escravo dentro de condomínio de alta renda
O procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, cobrou do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, a manutenção das fiscalizações de combate ao trabalho escravo e ao trabalho infantil em todo o Brasil. Em reunião realizada na quarta-feira (26), marcada a pedido de Fleury, o ministro afirmou só ter recursos garantidos até o mês de agosto. No entanto, comprometeu-se em buscar soluções que assegurem as ações até fim do ano.
O procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, cobrou do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, a manutenção das fiscalizações de combate ao trabalho escravo e ao trabalho infantil em todo o Brasil. Em reunião realizada na quarta-feira (26), marcada a pedido de Fleury, o ministro afirmou só ter recursos garantidos até o mês de agosto. No entanto, comprometeu-se em buscar soluções que assegurem as ações até fim do ano.
Cortes no orçamento compromete ações de combate ao trabalho escravo
Por Lilian Campelo
Aprovada e sancionada em dezembro do ano passado, a emenda constitucional do teto de gastos, que congela os investimentos por 20 anos, tem provocado o corte de verbas em diversas áreas sociais e de serviços.
O projeto é tão acintoso, que até mesmo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, tucano de alta plumagem, não se conteve e declarou que “…aquilo é uma loucura… Não pode ser assim”. Já a jornalista de “bico grande”, Eliane Cantanhêde chegou a pedir a expulsão de Nilson Leitão do PSDB. Nas mídias sociais, choveram ácidas críticas!
O impasse sobre a lista do trabalho escravo no Brasil ainda é fruto de negociação, mesmo após a divulgação há 10 dias. Em entrevista ao El País, o procurador-geral doTrabalho, Ronaldo Fleury, analisa o processo e afirma que “o prejuízo é o efeito pedagógico”, ou seja, a sociedade não sabe quem pratica trabalho escravo e continua consumindo esses produtos. Segundo ele, “hoje 92% dos trabalhos em condições análogas à de escravo no Brasil são oriundos da terceirização”.