“É impensável falar que a Uber pode sair do Brasil, igual foi aventado”, diz o ministro do Trabalho
Ex-presidente afirma que eles devem ter jornada de trabalho, descanso semanal remunerado, férias e seguridade social
Para Adilson Araújo, o crescimento da precarização das vagas de trabalho faz parte do arcabouço do governo Bolsonaro, que defende que o trabalhador tem que optar entre trabalho sem direito ou direito sem trabalho.
Mudança na metodologia do governo inclui até bicos ocasionais como emprego, inflando sua “recuperação econômica”. Com isso, taxa de desemprego cai de 9,3% para 9,1% no trimestre e informalidade se aproxima de 40%
Presidente tem recorrido a medidas provisórias (MPs) para fazer, “a conta-gotas”, sua própria reforma trabalhista
Motoristas uberizados são, em sua maioria, homens, entre 20 e 50 anos, desempregados, que já rodaram por diversas outras atividades profissionais, inclusive na informalidade. Já os entregadores são mais jovens, negros, da periferia, e estão se inserindo pela primeira vez no mercado de trabalho.
Por que é tão difícil reformar as plataformas de veículos de passageiros com motoristas (VTC), em particular conferindo status de funcionário aos motoristas?
Desde 2016, os trabalhadores informais de aplicativos como Uber, Rappi e iFood praticamente dobraram
De cada dez novos postos de trabalho gerados no País no último ano, sete foram por conta própria. E, dos 24,8 milhões que atuam por conta própria, apenas 5,7 milhões têm CNPJ
Há configuração de novos valores sociais que tornam o sujeito cada vez mais desenraizado, desvinculado e flexível, além de uma ideia de cidadania ligada ao consumo. Essas seriam características de um novo espírito do capitalismo
Comércio eletrônico abre 90 mil postos de trabalho, mas ocupações tradicionais devem diminuir. Digitalização do mercado intensifica contratações no setor de logística e entregas e contribui com a precarização da mão de obra