O presidente russo, Vladimir Putin, e o ucraniano, Petro Poroshenko, apelaram nesta sexta-feira(6) para o fim dos combates na Ucrânia, durante um encontro de 15 minutos que ocorreu no âmbito das cerimônias de comemoração dos 70 anos do Desembarque na Normandia.
Sob o cínico manto do silenciamento e da premeditada deturpação da realidade levada a cabo pelos grandes meios de comunicação social “ocidentais”, prossegue a brutal vaga de perseguição e de repressão contra aqueles que na Ucrânia resistem às forças golpistas e à ingerência dos EUA, da Otan e da União Europeia (EU) que lhe dá suporte.
Por Pedro Guerreiro, no jornal “Avante!”
A Ucrânia vai assistir em 7 de junho à posse do seu quinto presidente desde a obtenção da independência. Ele é o principal financiador do movimento Maidan, favorito de Washington e “rei do chocolate” Piotr Poroshenko. Nas eleições de 25 de maio ele, segundo dados oficiais, obteve 54,7% dos votos.
O presidente da Rússia Vladmir Putin conversou em privado com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e com o presidente recém-eleito da Ucrânia, Pietro Poroshenko, nesta sexta-feira (6), nos bastidores das comemorações dos 70 anos do Dia D, o desembarque das tropas “aliadas” na Normandia francesa. Putin tem demarcado repetidamente a disposição russa em dar sequência à diplomacia, enquanto Obama mantém a retórica e a prática agressiva contra a Rússia no leste europeu.
O ex-presidente da Geórgia, Mikhail Sakashvili, é um dos principais conselheiros do novo presidente do regime ucraniano, Piotr Poroshenko, confirmando-se a proximidade deste em relação aos meios políticos e decisórios de Washington apesar de, aparentemente, não pertencer inicialmente às estruturas golpistas de Kiev.
Por Castro Gomez, de Donetsk para o Jornalistas sem Fronteiras
O tenente-general retirado do Serviço de Inteligência Exterior da Rússia Leonid Reshétnikov afirmou nesta quinta-feira (5) que as autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk cedo ou tarde vencerão a guerra por sua independência da Ucrânia.
O governo de Kiev, com o acordo implícito do presidente eleito Pietro Poroshenko, decidiu pagar um salário 17 vezes superior ao salário médio do país aos membros dos contingentes armados que pretendem derrotar “os bandidos” no Leste da Ucrânia, qualificação usada contra todos os que se opõem ao regime resultante do golpe de Estado.
Por Castro Gomez, de Donetsk para o Jornalistas sem Fronteiras
Classificado como grupo das “economias avançadas”, o G7 reuniu-se em Bruxelas nesta quarta-feira (4) para discutir a crise na Ucrânia e outros pontos no que chama de uma agenda de “segurança”. Previsivelmente, o G7 voltou a acusar o governo russo de apoiar a “insurreição” ucraniana, mas o presidente Vladmir Putin e o premiê Dmitry Medvedev reagiram, nesta quinta (5), criticando o apoio do G7 à operação militar do governo ucraniano contra os civis do leste e a política agressiva dos EUA.
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, vai se reunir com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, para enfatizar a posição de seu país sobre a escalada violenta dos acontecimentos na Ucrânia.
Os Estados Unidos enviarão apoio militar adicional à Ucrânia e garantirão treinamento às suas forças de segurança e do Exército, prometeu o presidente Barack Obama, nesta quarta-feira (4), em viagem à Europa. A declaração acontece um dia depois da sua promessa de mais US$ 1 bilhão para tropas e exercícios militares no leste europeu, na escalada da presença ocidental agressiva na região em provocação à Rússia e respaldo ao golpe de Estado na Ucrânia e à operação militar de Kiev contra os civis.
A chancelaria russa qualificou nesta terça-feira como um crime contra o povo os ataques aéreos da Ucrânia à administração da autoproclamada República Popular de Lugansk, que sacrificaram vidas civis, entre elas a da ministra de Saúde Natalia Arkhípova.
O ministro russo das Relações Exteriores Serguei Lavrov anunciou que Moscou submeteria um projeto de resolução ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, para a estabilização da situação ucraniana, nesta segunda-feira (2). A proposta pede o fim imediato das hostilidades e a criação de corredores humanitários no leste do país, mas os EUA reagiram dizendo que a Rússia "não se esforça" por fazer com que os grupos que classifica de "pró-russos" baixem as armas.