Em ato contra a presença da Polícia Militar na USP, a professora de Filosofia Marilena Chauí faz um breve histórico do processo de repressão na universidade. Ela defende que não basta diretas para reitor. É necessário uma reorganização da universidade para que ela se torne um espaço de participação e decisão coletiva. Apesar de a fala ter sido realizada em 16 de junho de 2009, permanece bastante atual.
Na assembléia coordenada pelo diretor da UNE e do DCE Livre da USP, Thiago Aguiar, mais de três mil estudantes deflagraram greve geral contra a presença da PM na USP. No vídeo da TV Vermelho, os estudantes denunciam crimes e agressões cometidas pela PM dentro do campus, sobretudo, no dia da violenta invasão da Tropa de Choque à reitoria ocupada pelos estudantes.
É o título de uma coletânea de contos sci-fi de Robert Silverberg, lançada em 1970. Menos valorizado que Asimov, Bradbury e K. Dick, ele é autor de uma indiscutível obra-prima, Mundos fechados (1973).
Por Celso Lungaretti, em seu blog
Em liberdade, os estudantes soltos na madrugada desta quarta-feira (9) afirmam que a violência da PM durante toda a operação de reintegração de posse do prédio da reitoria é de inteira responsabilidade do reitor da USP, João Grandino Rodas, e do governador do estado, Geraldo Alckmin (PSDB). Eles relatam que na delegacia houve orientação do governo do estado para tentar agravar a situação dos manifestantes.
Em uma votação apertada, a assembleia com mais de 3 mil estudantes deflagrou greve geral contra a PM na USP, na noite desta terça-feira (8). Dos 73 estudantes presos pela operação de reintegração de posse do prédio da reitoria, três foram soltos na tarde desta terça e os outros 70 durante a madrugada desta quarta (9), sob o pagamento de quase R$ 40 mil reais de fiança. Em nota, pais dos estudantes presos repudiaram a violência da polícia durante toda a operação.
Previsivelmente, a ditadura mal extirpada em 1985 insinua-se pelas frestas da democracia. A presença e a ação da Polícia Militar no campus da USP, como um túnel do tempo, nos remete diretamente aos anos de chumbo, quando tais demonstrações de força, de uma truculência e de um ridículo atroz, eram amiúde utilizadas para intimidar estudantes e cidadãos.
Por Celso Lungaretti, em Náufrago da Utopia
A mãe de um estudante da USP (Universidade de São Paulo) foi detida na tarde desta terça-feira (8) por xingar um policial militar durante a manifestação organizada em frente ao 91º Distrito Policial, para onde cerca de 70 estudantes detidos durante a reintegração de posse foram levados.
Três dos 73 estudantes presos na USP durante a reintegração de posse da reitoria foram liberados na tarde desta terça (8). Segundo o delegado Dejair Rodrigues da 3º Seccional de São Paulo, as três pessoas liberadas não estavam envolvidos na ocupação do prédio da universidade.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, criticou hoje (8), em Franco da Rocha (SP) a ação da Polícia Militar na reintegração de posse da reitoria da Universidade de São Paulo (USP). "Não se pode tratar a USP como se fosse a cracolândia. Nem a cracolândia como se fosse a USP", afirmou Haddad durante vistoria ao antigo hospital do Juqueri, numa crítica aos governos estadual e municipal.
Os estudantes que ocupam o prédio da administração central da Universidade de São Paulo (USP), no campus Butantã, foram notificados por um oficial de Justiça, por volta das 17h desta sexta-feira (4), da reintegração de posse da reitoria, que ocupam desde quarta (2). A Justiça determinou na quinta (3) a reintegração.
A Justiça de São Paulo autorizou a reintegração de posse do prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), ocupado na quarta-feira (2) por estudantes que são contra a presença da Polícia Militar no campus. A decisão da 9ª Vara de Fazenda Pública foi divulgada na noite desta quinta-feira (3). A juiza Simone Gomes Rodrigues Casoretti disse que a reintegração deve ser pacífica. Mas, caso os alunos não saiam, autorizou o uso da força policial como "medida extrema".
Reforçando a reivindicação contra a presença da Polícia Militar no campus Butantã da Universidade de São Paulo (USP), um grupo de estudantes ocupou, na madrugada desta quarta (2), o prédio da reitoria, na Cidade Universitária. A ação faz parte de uma série de manifestações promovidas por alunos da universidade desde o último dia 27 contra um convênio que definiu o patrulhamento da PM.