A chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez, condenou categoricamente a declaração unilateral dos governos da Argentina, do Paraguai e do Brasil contra o governo de Nicolás Maduro e sua presidência pro-tempore do Mercosul.
A Venezuela enfrenta uma grave crise política e econômica, cuja solução, na visão de outros países, deve ser através do diálogo. Esta proposta começa tomar forma e o Vaticano confirmou que aceita ser intermediário em eventuais negociações entre o governo e a oposição que possam vira a acontecer.
Depois de muito se debater o impasse sobre a presidência pró-tempore do Mercosul, os chanceleres da Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai decidiram, nesta terça-feira (13), que a presidência do bloco não será exercida pela Venezuela. Ameaçam ainda suspender o país em dezembro. A decisão não está de acordo com as regras que garantem uma transição rotativa seguindo a ordem alfabética.
Uma vez mais o ministro de Relações Exteriores do Brasil, José Serra, jogou a política externa "altiva e ativa" no bueiro. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele afirmou – gratuitamente – que a Venezuela “é um país fora de controle”. Imediatamente a chanceler venezuelana, Delcy Rodriguez, manifestou seu repúdio às declarações “descaradas e imorais” do Brasil.
Enquanto o governo ilegítimo reprime quem se manifesta pelo Fora Temer no Brasil, o ministro tucano de Michel Temer (PMDB), José Serra, disse em nota divulgada nesta terça-feira (30), que está "muito preocupado" com as detenções feitas pelo governo da Venezuela.
A manifestação realizada pela oposição venezuelana há uma semana teve, sem dúvidas, uma importante participação, superior às marchas celebradas nos últimos três anos, embora talvez de uma dimensão inferior àquelas realizadas em 2002, que desembocaram no frustrado golpe, com o apoio de alguns comandantes militares, que já não formam parte da cena política do país.
Por Aram Aharonian
A manifestação da oposição venezuelana de 1º de setembro transcorreu sem qualquer incidente. Preparada há mais de dois meses, tinha por lema exigir o referendo revogatório ainda em 2016 com o fim de derrubar, por este instrumento constitucional, o presidente Nicolás Maduro.
Por Max Altman
O governo da Venezuela declarou que as relações com o Brasil estão oficialmente congeladas devido ao golpe de Estado contra Dilma Rousseff consolidado no dia 31 de agosto. O país também retirou definitivamente seu embaixador de Brasília e pretende, por meio de consultas populares, apoiar o povo brasileiro.
Como era de esperar, o golpe parlamentar contra Dilma Rousseff não será bem visto aos olhos do mundo. A Venezuela já é o terceiro país que anuncia retirar seu embaixador do Brasil em rechaço ao ataque contra a democracia consolidado nesta terça-feira (31) – os outros dois são Equador e Bolívia. O presidente Nicolás Maduro qualificou o processo de impeachment como um “golpe oligárquico da direita”.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que há uma "investida imperialista" contra a presidente brasileira afastada, Dilma Rousseff, e contra outros líderes da América Latina e convocou simpatizantes à “resistência”.
Os coordenadores nacionais dos países membros do Mercosul – Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela – se reúnem nesta terça-feira (23) em Montevidéu, para dar uma resposta definitiva sobre a transferência da presidência pró-tempore do bloco para o país de Nicolás Maduro.
É a todos os títulos escandalosa a ação do governo golpista do presidente interino e usurpador Michel Temer, protagonizada pelo ministro das Relações Exteriores, José Serra, do PSDB, a respeito da presidência pro tempore do Mercosul.
Por José Reinaldo Carvalho*