Fracassa show-protesto da Fiesp contra CPMF
Os organizadores esperavam levar dois milhões de pessoas ao ato e, para isso, contrataram artistas como a banda KLB e Zezé di Camargo e Luciano. Reuniram apenas seis mil espectadores, de acordo com a agência Estado.
Publicado 17/10/2007 16:38 | Editado 04/03/2020 17:19
Foi um fiasco o show-protesto contra a CPMF realizado ontem, no Vale do Anhangabaú, com patrocínio da Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. O objetivo era iniciar um movimento contra a aprovação do chamado imposto do cheque, que deve arrecadar R$39 bilhões em 2008 e é a principal preocupação do governo federal nesse momento. A CPMF foi aprovada em turnos na Câmara dos Deputados e está agora na pauta do Senado.
Os organizadores esperavam levar dois milhões de pessoas ao ato e, para isso, contrataram artistas como a banda KLB e Zezé di Camargo e Luciano. Reuniram apenas 15 mil espectadores e nem o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, apareceu. Ronaldo Koluszuk, que é diretor do Comitê de Jovens Empreendedores da Fiesp e articulador da auto-intitulada ''Frente Nacional da Nova Geração'', preferiu pereferiu se resignar diante do abandono do público e salientou a importância de ''defender as causas''.
Parte dos artistas contratados demonstrou sequer conhecer a pauta do evento. ''A gente está fazendo um negócio de uma coisa que não sei informar'', disse à Folha de S. Paulo o baterista da banda NX Zero, Dani.
Para o cantor Luciano, o show era contra o governo federal. ''É hipocrisia falar que esse movimento não é contra o governo Lula'', afirmou. Ao passo que seu irmão Zezé di Camargo declarou que a CPMF pode até ser prorrogada, mas deve ter menor alíquota e destinar integralmente seus recursos à saúde.
Recentemente, outro movimento teve início em articulações entre Fiesp, OAB-SP e Associação Comercial de SP – o chamado ''Cansei'' – e também fracassou na tentativa de realizar mobilizações contrárias ao governo Lula.
Com agências