Perpétua: não à privatização da Eletroacre
Em encontro com a presidência do Sindicato dos Urbanitários, a deputada Perpétua Almeida reafirmou sua intenção de lutar contra a privatização da Eletroacre.
Publicado 13/03/2008 15:00 | Editado 04/03/2020 16:10
Deputada reafirma a Urbanitários que Eletroacre não deve ser privatizada
A deputada federal Perpétua Almeida reafirmou ao sindicato dos Urbanitários do Acre, Rondônia, Amazônia, Piauí e Alagoas a opinião do governador Binho Marques, contrária à privatização das companhias de eletricidades destes estados. A Eletroacre, a exemplo das demais, são mantidas no Programa Nacional de Desestatização desde 1997. As distribuidoras de energia foram compradas pelo governo Fernando Henrique Cardoso para futuras privatizações – com aval do Congresso Nacional -, o que não ocorreu por resistência do governo Lula. “Felizmente, o Acre não sustenta esta política privatista”, disse a deputada.
Perpétua apóia o projeto de lei de autoria da senadora Fátima Cleide (PT/RO), que tenta reverter a ordem de federalizar as companhias. O PL da senadora rondoniense pede a retirada das empresas do PND. A proposta tramita na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), já tendo recebido voto favorável do relator, senador Antônio Carlos Valadares. “Estamos construindo uma estratégia de pressão, com apoio destas bancadas, para acelerar a votação”, disse Fátima Cleide.
“Todo governador envolvido nesta questão deve seguir o exemplo do Acre. Ou seja, manifestar-se contra a desestatização e apoiar as bancadas destes estados a apressar a votação do projeto”, afirmou Perpétua Almeida. Ela lembrou os pontos positivos do maior programa de eletrificação mantido pelas companhias – o Luz Para Todos -, responsável por levar energia ás comunidades distantes. O LPT colabora com o superávit crescente ( e surpreendente) da Eletroacre, ano a ano. Em 2007, o ativo da empresa fechou em R$ 4 milhões.
A parlamentar acreana assumiu o compromisso de intervir junto ao Ministério de Minas e Energias. As cinco empresas estão inseridas em contextos regionais, estruturais e políticos diferenciados, o que aumenta a incerteza do grupo de sindicalistas. “Há uma apreensão muito grande entre os funcionários da Eletroacre”, reiterou o presidente do Sindicato dos Urbanitários do Acre, Marcelo Jucá.
De Brasilia Assem Neto