Pimenta manifesta apoio aos servidores de Betim em greve
O vereador Geraldo Pimenta (PCdoB) divulgou, nesta quinta-feira (13), uma carta de apoio à luta dos trabalhadores da Saúde em Betim, que estão em campanha salarial e hoje deflagraram uma greve por tempo indeterminado. Para Pimenta, as reivindicações da
Publicado 13/03/2008 22:55 | Editado 04/03/2020 16:52
Confira o conteúdo do manifesto:
“Ao assumir a Secretaria Municipal de Saúde, o secretário Mauro Reis e o prefeito de Betim, Carlaile Pedrosa (PSDB), afirmaram que iriam fazer um choque de gestão na Saúde do município. Com isso, admitiram que este governo sempre fez mal à Saúde da população de nossa cidade, apesar de contar com um orçamento considerável para a área, que este ano deve chegar a R$ 200 milhões – ou cerca de R$ 750 mil por dia.
Esta manifestação dos trabalhadores da Saúde reflete o descaso deste governo com o Sistema Único de Saúde (SUS) e os mais de 3 mil servidores da área. Seja em relação aos baixos salários ou às más condições de trabalho.
Além disso, os profissionais da Saúde não acreditam neste projeto, que privilegia os amigos na gestão, cabos eleitorais na realização de determinados procedimentos, quebrando o princípio da integralidade da assistência e a imparcialidade.
O resultado destes desmandos é que a rede tem perdido os melhores profissionais, especialmente médicos, que não compactuam com esta política rasteira implantada na Saúde. Enquanto que a população fica à mercê das filas na madrugada e do sofrimento cotidiano.
Não basta inaugurar prédios e chamá-los de hospital ou de centro de especialidades, se não tem equipes de Saúde para trabalhar lá e condições adequadas de trabalho. É preciso implantar políticas públicas para uma saúde de qualidade, humanizada e para todos, com salários dignos, boas condições de trabalho, respeito aos profissionais, valorização técnica, democracia e participação.
Nestes quase oito anos, este governo já provou que a área social não é sua prioridade. Não é à toa que a Saúde em Betim apresenta indicadores inaceitáveis para um município com a segunda maior arrecadação de Minas Gerais – mais de R$ 1 bilhão em 2008. Não é à toa que a Administração Municipal gasta milhões com o pagamento de altos salários aos apostilados e centenas de parentes contratados sem concurso público (nepotismo).
Mas, os servidores e a população não podem continuar pagando a conta do caos na Saúde. Por isso, o governo do choque de gestão deve abrir imediata negociação com os trabalhadores. Como médico e vereador, coloco-me à disposição, junto com meu Partido, o PCdoB, desta justa luta, que também deve ser abraçada pelos usuários, conselheiros de Saúde, lideranças comunitárias, sindicatos e partidos políticos comprometidos com uma saúde pública e gratuita de qualidade para usuários e trabalhadores”.
De Betim,
Eliezer Dias