Diário de um Comunista na Conferência do Conselho Mundial da Paz
A Conferência do Conselho Mundial da Paz (CMP), teve início na noite nesta terça-feira (08/04), na Venezuela, com delegações de cerca de 80 países. O Camarada Anderson Falcão Azevedo do CEBRAPAZ-ES está representando os Capixabas neste importante eve
Publicado 08/04/2008 22:26 | Editado 04/03/2020 16:43
Camaradas. A viagem foi longa e cansativa. Foram quinze horas da decolagem de Vitória no ES ao pouso em Caracas, mais cinquenta minutos para autorizacão de desembarque.
Pousamos na cidade litorânea de Maiquetía, proximo a Caracas. Logo na chegada (no desembarque da aeronave) um funcionário do governo nos esperava. Tem o cargo de PROTOCO (recebe cordialmente e ajuda as pessoas em visita em seu país). Fomos bem tratados na imigracao. Mas o que chamou atencão foi as mensagens logo na chegada do aeroporto: ''CONSTRUYENDO EL SOCIALISMO BOLIVARIANO'' e ''VENEZUELA A HORA ES DE TODOS'', e o nome do Aeroporto que foi mudado, na gestão de Chaves para ''SIMON BOLIVAR'', aliás, um nome comumente usado na Venezuela em seguida aproveitei para andar um pouco e conhecer a cidade, já que o evento só começa no fim da tarde.
Outras questões chamam a atencão: Os venezuelanos são educados e gostam muito do improviso. As ruas são largas e tem muitos veículos e muitos utilitários, que se somados aos campos de beisebol, lembram o tempo de dominacão americana. Mas também há muitos carros velhos.
Há postos da polícia espalhados por vários pontos da cidade, causando uma sensacão de segurança. A impressao que se tem é que tudo funciona, mas se sacudir um pouco, desanda tudo.
Outra questão importante é a luta de classes presentes no dia a dia das pessoas. Há propaganda por todos os lados, a favor e contra o governo. Manifestacões populares, como uma faixa enorme que avistei em um condomínio que lembra o antigo carandiru, que diz: ''VENCEREMOS, Chavez estamos com você''. É de arrepiar!
Vai uma impressão que Hugo Chavez recolocou os excluídos de volta na pauta do estado e os ricos não aceitam. Há, como no Brasil, profundas desigualdades. É fácil ver a pobreza pela janela dos carros. Ricos e pobres bem próximos, uma imensa desigualdade. E Chaves os resgatou, vai criando oportunidades para eles.
O Congresso da Paz começou hoje e várias delagacões do mundo inteiro já estão presentes. A maior dificuldade (para mim) é não falar outro idioma. Aí eu enrolo a lingua faço uns gestos com a mão, abro um sorriso e ''agente vai levando…''
Até a próxima, amanhã…
De Caracas,
Anderson Falcão Azevedo, pelo CEBRAPAZ CAPIXABA.