Começa a duplicação da ''Estrada da Morte''
Cansada de esperar que o governo do Estado honre o convênio que libera verbas para a duplicação da avenida Aladino Selmi – estrada vicinal que liga Campinas a Sumaré – a Prefeitura de Campinas deu início às obras de duplicação do primeiro trecho da ave
Publicado 09/04/2008 11:35 | Editado 04/03/2020 17:19
O primeiro trecho a ser duplicado tem dois quilômetros e deve estar concluído em um ano. Além da nova pista, as obras incluem retorno operacional, acostamentos, drenagem e a construção de duas pontes; uma sobre o Ribeirão Quilombo e outra sobre o Córrego Boa Vista. A melhoria vai beneficiar mais de 150 mil pessoas de 15 bairros da região e tem investimento previsto de R$ 5.925.939,52.
Envolvido nesta luta popular mesmo antes de ser vereador, Benassi afirma que o trabalho teve como centro o desenvolvimento da região. O objetivo era encontrar uma solução para dar mais segurança a quem passa pelo local, garantir a melhoria na qualidade do transporte oferecido à população e o escoamento da produção que sai do Terminal Intermodal de Cargas.
Como vereador, Benassi atuou na articulação com o movimento popular com os setores empresariais e com os governos municipais de Campinas e Sumaré, até conseguir que o governo do Estado, responsável pela estrada, participasse das negociações. E foi todo esse trabalho que garantiu a duplicação.
O vereador se recorda que, numa primeira fase, houve muita luta, muita pressão para ser reconhecido como interlocutor. Não havia disposição do governo do Estado, tanto no primeiro quanto no segundo governo Alckmin, para resolver o problema. ''Foi preciso realizar muita articulação e manifestações para que a pressão popular abrisse o caminho para a negociação com o governador'', afirma Benassi. Para ele, foi a junção do movimento popular, empresariado e as prefeituras – com governos populares – que forçou o governo do Estado a tomar uma posição.
Valter Célio Boscatto, 2º Vice-Presidente do Sindicamp (Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Campinas e região), considera que foi feita justiça para com as pessoas que vivem na região e usam a estrada dos Amarais. ''Depois de muita luta, começa a duplicação'', comemora Nelson Silveira, presidente da Cooperativa dos Moradores do CDHU. Para ele, a importância da duplicação tem a ver, principalmente, com segurança do povo. ''Nós, nesses 05 anos, tivemos oito mortes somente de pessoas do conjunto habitacional. Pra gente, o início da duplicação significa uma conquista e é motivo de muita alegria'', comemora o líder comunitário. Gil Monteiro, presidente da Associação de Moradores do Parque Cidade, destaca a importância da duplicação para a população da região e recorda todo o trabalho desenvolvido. ''Foi uma luta muito grande, participamos de várias reuniões para acompanhar todo o movimento'', afirma.
Benassi afirma com toda convicção: ''Vamos realizar essa obra! Os entendimentos, a organização e a pressão para completar a duplicação em todo o seu trajeto vão continuar e a gente tem certeza que isso terá um ponto final positivo''.
De Campinas/SP,
Agildo Nogueira Jr.