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Cantor Pablo Milanéz elogia rumo das reformas em Cuba

Para o cantor e compositor cubano Pablo Milanés, as medidas reformistas do novo presidente da ilha, Raúl Castro, trarão benefícios para o país, já que têm o objetivo de criar uma sociedade mais justa.

Para o músico, as medidas implementam mudanças que atendem aos desejos do povo que, apesar de tudo, continua acreditando na revolução.



Milanés, que na sexta-feira apresentou em Madri sua turnê “Mais Além de Tudo”, com o pianista Chuchu Valdés, chamou de “eufemismos” os termos “abertura” e “retificação” da ilha e garantiu que tudo se deve à exigência da sociedade pela correção dos erros cometidos no passado.


“Há uma pressão social no nosso país que obriga o Estado a fazer mudanças, mudanças supremas, mudanças profundas que não vêm do Estado precisamente, vêm do desejo do povo, de um povo que eu creio que toda vida confia no que foi a revolução, no que ela é e no que ficou de positivo de todas as coisas conquistadas no passado”, disse ele.



“Também precisamos salvar muitíssimos erros que vêm sendo cometidos historicamente e, com certeza, devemos mudá-los”, acrescentou Milanés, fundador do movimento da Nova Trova, que surgiu com o triunfo da revolução liderada por Fidel Castro em 1959.



Milanés é conhecido por sua posiçao política, próxima do castrismo e defensora da revolução. Ele afirmou que se sente mais feliz agora, sabendo que Cuba está se abrindo para o mundo e alcançando uma sociedade mais igualitária e justa.



Liberação de viagens



Nesta semana, o governo de Raúl Castro decidiu dar mais um passo no rumo das reformas e vai permitir que os cubanos se desloquem ao estrangeiro sem a mesma rigidez que acontecia antes.



De acordo com reportagem publicada pelo jornal “El País”, da Espanha, o presidente cubano prepara as novas regras para a livre circulação dos cubanos.



Atualmente, um cubano comum que deseje sair do país precisa do chamado “cartão branco”, obtido com o pagamento de uma taxa de 150 pesos e a apresentação de uma carta de chamada do país que quer visitar.



Com a nova reforma acaba a taxa e a carta de chamada, mas não para todos. Entre outras classes profissionais, médicos e militares continuam a necessitar do “cartão branco”.