CTB organiza manifestação para 1º de maio

A direção estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) vai realizar no dia 30 deste mês uma manifestação na Praça João Luis para reivindicar melhorias trabalhistas. O ato do dia 30 antecede as comemorações do dia primeiro de maio,

A principal reivindicação dos trabalhadores piauienses neste primeiro de maio é a luta pela redução da jornada de trabalho sem a redução salarial, luta organizada pelas diversas centrais de trabalhadores de todo o País. No dia do ato, a CTB irá recolher assinaturas dos trabalhadores. “Vamos convidar todas as entidades do movimento para contribuir com a coleta de assinaturas para serem encaminhadas à Brasília com o fim de fortalecer a nossa luta”, explicou Elton Arruda, um dos diretores da CTB no Piauí.



Atualmente existem 87 projetos em tramitação no Congresso Nacional sobre a redução da jornada de trabalho no Brasil.



Primeiro de maio
Em 1886, a cidade de Chicago, um dos principais pólos industriais dos Estados Unidos, foi palco de importantes manifestações operárias. No dia 1º de maio, iniciou-se uma greve por melhores salários e condições de trabalho, tendo como bandeira prioritária a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Os jornais a serviço das classes dominantes, imediatamente se manifestaram afirmando que os líderes operários eram cafajestes, preguiçosos e canalhas. No dia 3 de maio a greve ainda continuava e na frente de uma das fábricas, a polícia matou seis operários, deixando 50 feridos e centenas de presos. No dia 4, houve uma grande manifestação de protesto e os manifestantes foram atacados por 180 policiais, que ocasionaram a morte de centenas de pessoas. Foi decretado ''Estado de Sítio'' e a proibição de sair às ruas. Milhares de trabalhadores foram presos, muitas sedes de sindicatos incendiadas e residências de operários foram invadidas e saqueadas. Os principais líderes do movimento grevista foram condenados à morte na forca. Spies, Parsons, Engel e Fisher foram executados no dia 11 de novembro de 1886, enquanto que Lingg, também condenado, suicidou-se.
 
 
Em 1891, no 2º Congresso da Segunda Internacional, realizado em Bruxelas, foi aprovada a resolução histórica de estabelecer 1º de maio, como um ''dia de festa dos trabalhadores de todos os países, durante o qual os trabalhadores devem manifestar os objetivos comuns de suas reivindicações, bem como sua solidariedade''.