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STF abre inquérito para investigar senador Gim Argello

O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu, na terça-feira (27), a pedido do Ministério Público, inquérito para investigar o senador Gim Argello (PTB-DF), que assumiu o mandato depois da renúncia do titular da vaga Joaquim Roriz(PMDB-DF). O senador é

Caso os indícios se confirmem, o Ministério Público pode denunciar Gim Argello e pedir a abertura de uma ação penal contra o senador. Para que a ação seja aberta é preciso a anuência da maioria dos 11 ministros do Supremo.



Antes mesmo de assumir como suplente de Roriz, Gim Argello (PTB-DF) já era alvo de denúncias. Ele é investigado por irregularidades apuradas na Operação Aquarela, da Polícia Civil do Distrito Federal. A operação policial foi o principal motivo da renúncia de Roriz.



Argello é apontado como intermediário da transação de R$2,2 milhões, considerada irregular por não ter sido declarada ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).



O dinheiro teria sido sacado em uma agência do Banco Regional de Brasília (BRB) e, segundo o senador, se tratava de empréstimo feito pelo empresário Nenê Constantino, do Conselho de Administração da Gol. Roriz diz que devolveu R$1,9 milhões a Constantino.



Argello também teria participado de uma transação imobiliária suspeita durante a gestão de Roriz no Distrito Federal. Um terreno de 80 mil metros quadrados, comprado pelo empresário Wigberto Tartuce de quatro fundos de pensão ligados a órgãos públicos do governo distrital, teria rendido R$23 milhões de lucro a Tartuce, que é ligado a Nenê Constantino.



Investiga-se a possibilidade de os R$2,2 milhões serem uma comissão pela venda do terreno.



Compra de sentença



Outra suspeita sob Argello se refere às acusações de que Roriz teria comprado uma sentença judicial para se livrar de punição por crime eleitoral no Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal. Gravações mostram conversa entre os dois tratando do assunto.



Durante o governo de Roriz, Gim foi presidente da Câmara Legislativa e secretário do Trabalho. Ele responde a processos na Justiça do Distrito Federal por grilagem de terras e é suspeito de receber propina para regularização de terrenos enquando presidia a Câmara.



O Ministério Público também o investiga por um suposto superfaturamento de contrato de informática enquanto era presidente da Câmara.



De Brasília
Com agências