Centenas de amigos comemoram 70 anos de Chico Lopes

De sindicalistas a empresários, de professores a estudantes, de artistas a esportistas, de líderes comunitários a representantes do Poder Público municipal, estadual e federal, passando por políticos de vários partidos, a festa confirmou a receptividade de Chico Lopes nos mais diferentes contextos. O povo de Fortaleza levou seu abraço ao parlamentar que, filiado ao PcdoB desde 1968, pôde reencontrar figuras que fizeram parte de sua vida, na resistência à ditadura militar, na luta pela redemocratização do País e pela reorganização do partido na legalidade, nos mandatos como vereador de Fortaleza, deputado estadual e, desde 2007, deputado federal.

“É com muita emoção que quero agradecer a presença de todos aqui. Uma manifestação dessas é muito gratificante para quem nasceu no Pirambu, foi aprendiz de sapateiro, de mecânico…”, destacou Lopes, em sua fala aos amigos que tomaram os salões do Náutico, lembrando os tempos de menino na periferia da capital cearense. “Conto isso não como vítima, e sim falando de uma vitória, de chegar até aqui”, acrescentou Lopes, agradecendo a iniciativa do grupo de amigos que se cotizaram para promover a festa.

A contribuição da política

Cercado por tantos amigos, Chico Lopes enfatizou o orgulho de ter seguido o caminho da política como forma de dar sua contribuição para mudar a sociedade.

“Não gosto quando vejo dizerem que a política não compensa. Pode ser que alguns políticos estejam no lugar errado. Mas não existe solução, não existe milagre, fora da política”, ressaltou.

“Eu fiz parte dessa história, do partido mais antigo desse País, e quero continuar dando minha contribuição”, acrescentou Lopes, lembrando os avanços do Governo Lula rumo ao desenvolvimento do País e a melhores condições de vida para a população.

Família e sentimentos

Destacando o apoio da família ao longo de toda essa trajetória de luta, Lopes agradeceu pela presença da esposa e dos filhos. E emocionou-se ao lembrar sua mãe, a quem atribui os fortes valores pessoais recebidos desde cedo.

“Quero agradecer à Dona Chiquinha, minha mãe que me criou, que não era, como dizem por aí, uma mulher de poucas letras. Era uma mulher de letra nenhuma. Mas me ensinou a importância de ser honesto. Me deu essa formação que eu até hoje continuo, na política, com o respeito à coisa pública”, relacionou. “Nesse dia, minha mãe, muito obrigado pela sua luta!”, acrescentou.

Defesa da democracia

Por fim, Lopes lembrou a importância de se diferenciar as críticas ao comportamento de alguns políticos da tentação de questionar a própria essência da democracia representantiva.

“Não tenho vergonha de ser político. Digam o que quiserem dos políticos, critiquem sempre que quiserem, mas, por favor, não questionem o parlamento. Porque sem parlamento é ditadura, e isso a gente já viveu e não foi nada bom”.

Música e confraternização

Aberta ao som do pop-rock da banda Coda, a festa de 70 de anos de Chico Lopes, que teve o tradicional “Parabéns” puxado pela Banda de Música do Corpo de Bombeiros Militar de Fortaleza. contou com representantes de algumas das mais importantes e populares vertentes da música popular brasileira.

O sanfoneiro Clementino Moura animou o público ao som do forró tradicional e de clássicos do chorinho. Já a Velha Guarda Musical da Vila Isabel, que veio do Rio de Janeiro, encheu o salão com seu repertório de clássicos do samba de todos os tempos. O samba deu o tom da noite, em uma festa musical só encerrada pela chuva, já na madrugada de sexta-feira.

Fonte: Ass. Imprensa – Dep. Fed. Chico Lopes – PCdoB-CE