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Evo Morales: Nacionalização melhorou economia e reduziu pobreza

"A nacionalização de empresas estatais permitiu equilibrar a economia e reduzir os níveis de pobreza desde janeiro de 2006 porque o estado recuperou o controle do patrimônio nacional para o administrar com transparência e honestidade", afirmou no sábado o presidente Evo Morales.

Morales visitou Cliza, uma localidade do departamento de Cochabamba situada a 535 km a sudeste de La Paz, para contactar a população e escutar os seus pedidos com o fim de procurar soluções, o que se converteu numa prática constante durante as viagens que realiza diariamente por toda a Bolívia.

Assinalou que entre 1940 e 2005 a economia boliviana registou permanentes déficits, enquanto que desde a gestão de 2006 acumulou lucros que lhe permitem ver com otimismo o futuro.

Disse que desde que se nacionalizaram os hidrocarbonetos no passado dia 1 de maio de 2006, a economia boliviana experimentou uma inversão positiva com o registo de permanentes lucros.

Sublinhou que anteriormente a Bolívia recebia apenas US$ 300 milhões anuais pela exploração e comercialização dos hidrocarbonetos e seus derivados, como o gás, enquanto neste ano esse registro subiu para US$ 2 bilhões.

Acrescentou que igualmente, quando assumiu o poder, a Bolívia só tinha US$ 1,7 bilhão de reservas internacionais, enquanto atualmente essa cifra foi aumentada para US$ 8,5 bilhões.

O Chefe de Estado assinalou que alguém deveria informar os bolivianos para onde ia o dinheiro quando a nação estava sob o comando de ditaduras e governos neoliberais.

Morales expressou que, mesmo tendo havido avanços durante os seus quase quatro anos de ordem constitucional da Bolívia, "ainda há muito a fazer para encaminhar o país a converter-se numa das nações mais importantes da região".

Enfatizou que um dos objetivos imediatos que se fixou é impulsionar a industrialização dos hidrocarbonetos para os comercializar com valor acrescentado no exterior e obter melhores ganhos que sejam reinvestidos nos programas de desenvolvimento económico e social e assim eliminar a pobreza que assola muitos bolivianos.

O Chefe de Estado afirmou que tinha entrado na política com a missão de servir o povo e não de se servir a ele mesmo, como sucedeu com os sucessivos governos neoliberais que administraram o país entre 1985 e Janeiro de 2006.

Assinalou que um dos piores inimigos que a Bolívia tem é a corrupção, e essa não está baseada no povo, mas sim numa classe política tradicional e neoliberal que utilizou o poder para enriquecer ou entregar o patrimônio estatal às grandes multinacionais para que usufruam da riqueza nacional.

"O boliviano é valorizado no exterior como uma pessoa trabalhadora e honrada que luta para sustentar as suas famílias, mas lamentavelmente os políticos que se instalaram no poder por muitos anos colocaram a Bolívia num dos lugares mais altos da corrupção", disse.

Revelou que na actualidade o Governo desenvolveu uma luta frontal contra a corrupção para dar o exemplo com sanções aos seus responsáveis, e esse empenho ainda exigirá mais esforços.

O presidente afirmou que uma das missões que tem no poder é converter-se em servidor dos bolivianos e encarar programas de desenvolvimento que permitam melhorar a qualidade de vida de todos os cidadãos.

Reiterou que entre esses programas se encontra a construção de hospitais de terceiro nível, com todos os serviços que os cuidados de saúde requerem, em todas as capitais dos nove departamentos numa primeira instância e, posteriormente, nas áreas rurais, tal como escolas e campos desportivos para as novas gerações.

Fonte: Informação Alternativa