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Marcha em São Paulo marcará ação internacional da MMM

"Seguiremos em Marcha até que todas sejamos livres". É com essa convicção que mulheres de todo o mundo realizarão, neste ano, a 3ª Ação Internacional da Marcha Mundial de Mulheres (MMM). No Brasil, a atividade central acontecerá de 8 a 18 de março, com uma Marcha que irá de Campinas a São Paulo (SP).

De acordo com Camila Furchi, integrante da comissão organizadora da edição brasileira da MMM, a expectativa é que 2 mil mulheres de todas as regiões do país participem da Marcha. Para ela, a ideia é que a ação seja um marco no ano de 2010 e na própria história do movimento feminista.

A data para a saída da Marcha não foi por acaso. No dia 8 de março deste ano, celebra-se o centenário da Declaração do Dia Internacional das Mulheres, proposto pelas delegadas da 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhague, em 1910.

Segundo Camila, a intenção é "dar visibilidade à data e ressaltar a luta das mulheres socialistas no século passado". Para ela, é importante ressaltar que a história do dia 8 de março vai mais além do que uma homenagem às operárias queimadas em uma fábrica porque lutavam contra as más condições de trabalho e os baixos salários.

De acordo com ela, a data marca as lutas mulheres socialistas por questões ainda presentes nos dias de hoje, como participação política, melhores condições trabalhistas e salários dignos, e aborto. "O 8 de março é um dia de luta e para visibilizar a perspectiva socialista", considera.

Dentro da programação, no dia 13 de março, a Marcha – que estará na Várzea Paulista – realizará um ato público com o lançamento de um livro sobre a história do Dia Internacional das Mulheres e um debate histórico sobre o movimento feminista. A caminhada se encerrará no dia 18 de março, em São Paulo, com ato público.

Nos outros dias, segundo integrante da MMM, as mulheres marcharão no turno da manhã e participarão de atividades de formação e de apresentações culturais no período da tarde. Entres os pontos a serem discutidos durante os dez dias, estão: soberania alimentar, justiça ambiental e luta por território; economia solidária e feminista; saúde da mulher e práticas populares de cuidados; sexualidade, autonomia e liberdade; e luta contra a violência sexista.

De acordo com Camila, a Marcha no Brasil ainda seguirá uma plataforma de quatro eixos que seguem os campos de atuação em nível mundial. São eles: autonomia econômica das mulheres, bens comuns e serviços públicos (contra a privatização da natureza e dos serviços públicos), paz e desmilitarização, e violência contra as mulheres.

Ação Internacional

A 3ª Ação internacional da Marcha Mundial de Mulheres (MMM) terá atividades em várias regiões do mundo. Neste ano, as ações se centrarão em dois momentos principais: de 8 a 18 de março, com marchas e mobilizações nacionais em decorrência do Dia Internacional das Mulheres; e de 7 a 17 de outubro, com uma mobilização internacional, na República Democrática do Congo, para fortalecer o protagonismo das mulheres na resolução de conflitos armados.

Além disso, outras mobilizações regionais acontecerão ao longo do ano, como na Colômbia, de 21 a 23 de agosto; nas Filipinas, de 12 a 14 de maio; e na Turquia, no dia 30 de junho.

Fonte: Adital