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EUA: Congresso aprova disposições finais da reforma da saúde

O Congresso dos Estados Unidos aprovou na noite desta quinta-feira (25) um pacote de modificações finais à histórica revisão do sistema de saúde do país. A Câmara dos Representantes, equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil, deu os últimos retoques ao projeto de lei no início desta tarde, depois de o Senado aprovar o pacote por 56 votos a 43.

Por 220 votos a 207, a Câmara dos Representantes passou a lei complementar, que reescreve vários pontos do pacote já transformado em lei pelo presidente Barack Obama.

Em um comício no estado de Iowa, Obama criticou os republicanos que tentaram anular a nova lei. O discurso do presidente americano foi interrompido quando uma pessoa da plateia gritou "Que aconteceu com a opção pública?".

Obama respondeu à interrupção dizendo que a proposta não havia sido incluída porque não havia conseguido obter a aprovação do Congresso. "Não há necessidade de gritar, jovem, Trinta e dois milhões de pessoas passarão a ter atendimento médico graças a esta lei. É disso que se trata esse trabalho", observou.

No senado, Bernie Sanders, senador independente pelo estado de Vermont, se uniu aos democratas e votou a favor do projeto. Depois de reiterar seu respaldo à opção de único pagante e ao sistema Medicare para todos, Sanders elogiou à lei de reforma da saúde dizendo que ela revolucionará a atenção médica primária.

"Esta lei proporciona fundos suficientes, daí nos próximos cinco anos vamos criar cerca de oito mil novos centros de saúde, mais do dobro do que existe hoje. Vamos aumentar o acesso à assistência médica primária, à assistência odontológica, orientação psiquiátrica e medicamentos de baixo custo para vinte milhões de americanos a mais", disse.

"É um grande passo em direção a oferecer serviços médicos básicos para milhões de estadunidenses que hoje não tem acesso a esses cuidados", finalizou.

Lobby de empresas

A reforma do sistema de saúde foi aprovada após uma das campanhas de lobby mais intensas que o Congresso viu na sua história. De acordo com o Centro de Política Receptiva, mais de 1.700 empresas e organizações declararam atividades de lobby parlamentar no ano passado.

Da redação, com informações do Democracy Now!