Comissão da Amazônia chamará ministro para debater Reman
O ministro das Minas e Energia, Márcio Zimmermann, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, e os representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) serão chamados na Câmara dos Deputados para debater a modernização da Refinaria de Manaus (Reman). Orçada em R$ 1,5 bilhão, a obra ficou, ao menos por enquanto, fora do plano estratégico e de negócios da estatal de 2010-2014.
Publicado 09/06/2010 14:29 | Editado 04/03/2020 16:12
Ela lembrou que a Refinaria de Manaus gera 380 empregos diretos e mais de 5.000 indiretos. Somente para este ano a perspectiva de arrecadação em ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é de R$ 1,4 bilhão.
O maior problema, segundo a parlamentar, é que fora do plano de 2010-2014, a refinaria não terá condições de cumprir no futuro as exigências ambientais na área. Isso forçará que ela seja classificada como terminal, sendo levada a adquirir os produtos ao invés de produzir.
Em 2012, por exemplo, haverá exigência para que as refinarias baixem o teor de enxofre na gasolina de 500 ppm para 10 ppm. O mesmo ocorrerá com o óleo diesel que terá seu teor reduzido de 2.000 ppm para 50 ppm.
Além de não cumprir as exigências, a deputada diz que a Reman ainda será prejudicada na sua área de atuação por enfrentar a concorrência de duas refinarias que serão construídas no Maranhão e Pernambuco no valor de R$ 30 bilhões, obras que constam do plano da estatal.
“Foi nos informado que houve um corte de R$ 6 bilhões no investimento da estatal por conta da crise econômica. Ocorre que a obra de modernização representa apenas 0,86% dos R$ 80 bilhões que ainda restaram no orçamento da estatal. Ou seja, um valor insignificante para a importância estratégica que tem a Reman para a nossa capital”, criticou.
Fonte: Assessoria de imprensa da deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)