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Fifa e Teixeira se isolam em momento de tensão e crise

A postura da Fifa com os seguidos escândalos que marcaram o processo de escolha das Copas do Mundo de 2018 e 2022 tem sido de reclusão. Nos dias que antecedem a votação das sedes, a entidade tem trabalhado de portas fechadas e restringindo ao máximo a atuação da imprensa em Zurique, na Suíça.

Durante as apresentações, apenas fotógrafos e poucos jornalistas foram autorizados a comparecer na Casa da Fifa. E mesmo assim não tiveram acesso a fontes. Os demais profissionais tiveram de acompanhar o último apelo das candidaturas em uma base montada no Hallestadion, local afastado por mais de 10 km da sede da entidade.

O único contato dos representantes com a imprensa acontecerá nesta quinta-feira, a partir das 13h, quando serão anunciados os vencedores no Hallestadion. Mesmo assim a expectativa é de um comportamento arredio, tanto que não está programada nenhuma entrevista com o presidente da Fifa, Joseph Blatter.

Assim como a entidade pela qual é membro executivo, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, se isolou durante os dias que esteve em Zurique. Envolvido em denúncias, o dirigente evitou a imprensa desde a chegada e avisou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não falará sobre casos antigos, já esclarecidos pela Justiça.

Na última segunda-feira, o jornal suíço Tages-Anzeiger e a emissora britânica BBC publicaram que, além de Teixeira, Nicolás Leoz (presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol – Conmebol) e Issa Hayatou (presidente da Confederação Africana de Futebol – CAF) estariam envolvidos em uma lista secreta de pagamentos da agência de marketing ISMM/ISL. A empresa em questão faliu em 2001 em meio a polêmicas sobre subornos pagos em contratos de TV.

Com informações do Terra