Coletivo de Mulheres é lançado nesta sexta

"Vamos também programar encontros periódicos, para que as informações sobre as atividades de mulheres nos diversos seguimentos sejam difundidas pelo estado e também nacionalmente", revela Michele Faria, Secretária da Mulher Trabalhadora da CTB Minas Gerais, sobre a criação do Coletivo de Mulheres que deve ser lançado no próximo dia 15 de abril.

O evento acontecerá a partir das 16h, no auditório do Sindicato dos Vigilantes, em Belo Horizonte. Na entrevista abaixo Michelle Faria fala sobre o coletivo e seu objetivo. Confira:

Como nasceu a idéia do Coletivo?

A idéia nasceu da necessidade de ampliar a participação da mulher no mundo sindical. Esse projeto é desenvolvido pela CTB Minas desde o mês de novembro de 2010.

O que fará o Coletivo de Mulheres?

O Coletivo pretende criar uma agenda anual de atividades, para aumentar a participação das mulheres trabalhadoras de Minas nos movimentos sindical e social. Vamos também programar encontros periódicos, para que as informações sobre as atividades de mulheres nos diversos seguimentos sejam difundidas pelo estado e também nacionalmente.

Quantas seções estaduais da CTB têm Coletivo de Mulheres?

Segundo informações da CTB Nacional, a CTB Minas é pioneira na criação do Coletivo, e servirá de exemplo para os outros estados. A idéia é que todas as regiões do Estado possam ter representação no Coletivo.

Já está definida alguma ação política do Coletivo para o Dia Internacional do Trabalhador?

Como orientação da CTB Nacional e também da CTB Minas, pretendemos atuar de forma unificada com as outras Centrais e Movimentos Sociais, com enfoque nas questões de ampliação da licença maternidade para 180 dias, aplicação da Lei Maria da Penha, reforma agrária com titulação da propriedade para a mulher, creche e escola pública de qualidade e salário igual para trabalho igual, sem distinção de sexo.

Como o Coletivo de Mulheres está situado no debate sobre questões de gênero?

O Coletivo passará a ser uma importante ferramenta nesse debate, pois, Minas Gerais é um estado muito grande e com uma diversidade maior ainda. Portanto, será importante manter um ciclo de informações sobre as questões de gênero, além de difundi-las pelo Estado e nacionalmente.

O próprio governo admite, apesar de não possuir dados nacionais, que o cumprimento integral da Lei Maria da Penha é um dos maiores desafios para as políticas de mulheres. Como você vê possibilidades de superar esse desafio?

Aumentando a rede de proteção à mulher (coordenadorias especiais, delegacias especializadas, programa de atendimento às vítimas de violência etc.), além de punições mais severas para o agressor, o que pode inibir as reincidências.

Como os Coletivos de Mulheres podem fortalecer a luta da classe trabalhadora e contribuir para a sociedade brasileira?

Essa iniciativa vai contribuir para ampliar o contato com as diferentes regiões do nosso estado e dar subsídios para que as mulheres tenham um ponto de apoio e onde buscar informações e sobre direitos e deveres e saber o importante papel da mulher na sociedade.

Quem serão os palestrantes e debatedores do Encontro do Coletivo Estadual de Mulheres da CTB Minas?

Foram convidadas a Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CTB, Raimunda Gomes; a representante da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para as Mulheres (CEPAM), Luci Diniz; além da Coordenadora da Coletivo de Mulheres da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaemg), Alaíde Lúcia Albageto de Moraes. Também aguardamos companheiras e companheiros de sindicatos filiados, e que já são engajadas de alguma forma no movimento de mulheres.

Por Verônica Pimenta – CTB-MG