Centrais unidas em defesa do trabalhador

Desenvolvimento com Justiça Social. Esse é o lema das atividades do 1º de Maio deste ano que devem entrar para a história da classe trabalhadora brasileira por ter unificado cinco Centrais Sindicais em torno de importantes bandeiras, que contribuem para a construção de um novo projeto Nacional de Desenvolvimento com Soberania, Democracia e Valorização do Trabalho

A construção desta unidade começou com a realização das Marchas a Brasília, que deram origem à atual política de reajuste do Salário Mínimo e tem mostrado que o movimento sindical brasileiro junto com os movimentos sociais têm tido muita sagacidade neste momento ímpar vivido por nosso país, no qual forças, que compõem o campo democrático e popular mantêm o novo ciclo iniciado com a eleição do Presidente Lula em 2002 e reafirmado com a condução de Dilma Roussef à presidência do nosso país.

Hoje, segundo os especialistas de plantão, caminhamos a passos largos para sermos a quinta economia do mundo, porém defendemos que não pode haver retrocesso e o desenvolvimento que nos interessa tem que ser sustentável, voltado para melhorar a vida do nosso povo. Reconhecemos que há um esforço por descentralizar os investimentos. As regiões Norte e Nordeste passaram a ter papel de relevância na economia nacional seja por importantes obras estruturantes, que recoloca o Estado como indutor do crescimento, ou por investimentos privados no setor produtivo atraídos pelo crescimento do mercado brasileiro. Porém, há algo que não tem combinado com esse novo momento: a política macroeconômica com altas taxas de juros, superávit primário e câmbio flutuante.

Pernambuco é um exemplo da mudança de paradigma vivido de 2003 para cá, reforçado pela vitória do campo democrático e popular em 2006 e reiterada em 2010 com a reeleição do Governador Eduardo Campos. Antes, amargamos o fato de vivermos do ponto de vista econômico, índices vergonhosos, hoje somos o Estado que mais cresce, aqui estão obras importantes como a Refinaria Abreu e Lima, a Transnordestina, a transposição do São Francisco, a fábrica de hemoderivados, o Estaleiro Atlântico Sul que inaugurou esse novo momento, com o lançamento do navio João Cândido, abrindo o caminho para a chegada de outros investimentos de grande monta. Assim como a instalação em nosso estado de uma montadora da Fiat e muitos outros.

Mesmo reconhecendo a importância dos investimentos, temos assistido e sentido na pele o descaso com que as empresas têm tratado os trabalhadores e trabalhadoras de Pernambuco, tanto pelas condições de trabalho como pelos salários inferiores a aqueles praticados no Sul e Sudeste, haja vista as greves que ocorreram inicialmente no Estaleiro e agora tem sido uma constante nos canteiros de obras de Suape.

No Campo podemos ressaltar a iniciativa do governo federal de fortalecimento do Pronaf, aqui no Estado o Projeto Terra Pronta, além de atenção especial à Agricultura familiar, com a indicação de um secretário para este segmento, além do Programa Chapéu de Palha. Porém, por outro lado, a assistência técnica não tem atendido a necessidade do campo assim como o Projeto Minha Casa Minha Vida. Há também um grande número de assentados que não conseguiram o título da terra e nem tiveram condições de construir suas casas.

Reconhecemos que o governo estadual tem realizado investimentos importantes nos serviços públicos, inclusive na questão da segurança – vale destacar o esforço feito com a articulação em torno do Pacto pela Vida e a realização de concursos públicos visando à contratação de pessoal para essa área. Na saúde a construção dos novos hospitais e UPAS se destacam e a educação também tem sido alvo de ações importantes, como a construção de escolas técnicas e reformas de um modo geral, assim como a melhora da merenda.

Mesmo tendo sido alvo de investimentos importantes, o serviço público estadual ainda carece de muita atenção para que possa cumprir o papel que lhe é destinado, o de prestar um bom atendimento a população pernambucana, inclusive com a contratação de pessoal através de concursos públicos. Aqui, vale destacar, dois setores importantes que ainda precisam de muita atenção: saúde e educação.

A educação, que é chamada a jogar papel relevante diante desta nova fronteira do desenvolvimento, tem na questão salarial dos professores com nível superior seu pior gargalo, com baixíssimos salários, gerando no Estado uma distorção que necessita ser superada.
A avaliação que fazemos aponta problemas vividos pelos trabalhadores e trabalhadoras, porém, não deixa de reconhecer os avanços que obtivemos nestes oito anos, ao mesmo tempo em que ergue bandeiras importantes para o fortalecimento da luta da classe trabalhadora, inspiradas no espírito dos mártires de Chicago que perderam suas vidas lutando contra a exploração capitalista.

Metas das Centrais sindicais em favor do trabalhador

•Redução da Jornada sem Redução o de Salários
•Fim do Fator Previdenciário e Valorização dos Aposentados
•Valorização do Salário Mínimo
•Trabalho Decente
•Igualdade entre Homens e Mulheres
•Valorização do Serviço Público e dos Servidores Públicos
•Reforma Agrária
•Educação e Qualificação Profissional
•Redução da Taxa de Juros

Fontr Centrais Sindicais