Chávez comanda festa do Bicentenário da Independência

A mensagem do presidente à população, transmitida ao vivo em rede de emissoras de televisão e rádio, abriu as comemorações e o desfile de militares e estudantes na Praça Os Heróis, em Carcacas, capital do país.

Participam da festa os presidentes do Uruguai, José Pepe Mujica, da Bolívia, Evo Morales, e do Paraguai, Fernando Lugo. A presidenta Dilma Rousseff cancelou a visita a Caracas, depois que o governo venezuelano adiou a Cúpula dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que seria realizada hoje e amanhã (6).

"Não teríamos melhor maneira de comemorar, camaradas de armas, soldados e povo, neste dia, há tanto tempo esperado. Assim estamos celebrando a nossa independência. Não somos mais colônia de império algum e nunca mais seremos, graças mais Deus, graças a nosso povo e a nossos soldados”, disse Chávez.

O presidente venezuelano ficou internado em Havana, capital cubana, durante 24 dias. Inicialmente, Chávez informou que tinha sido submetido a uma cirurgia de urgência para retirada de um abscesso na pélvis.

Depois, confirmou que era um tumor maligno. Ele está em tratamento e disse que vencerá a batalha com a ajuda do amor do venezuelanos.

"Forças Armadas de verdade"

O governo mostrou nos desfiles, pela primeira vez, parte do armamento adquirido em Moscou nos últimos anos, como os tanques T-72, o que motivou Chávez a agradecer o apoio da Rússia, com quem mantém estreita relação.

No desfile militar, os venezuelanos pediram para ver vários batalhões de T-72, assim como carros de combate BMP-3, fuzis Dragunov, sistemas antimísseis e veículos para o transporte de tropas, tudo comprado da Rússia.

"Graças à Rússia, a seu governo e a seu apoio, hoje sim temos umas Forças Armadas de verdade. Felicidades!", escreveu o presidente Hugo Chávez em sua conta na rede social Twitter.

Socialista e humanista

"A Venezuela inicia nesta terça-feira "um novo lance na grande escalada em direção ao cume da pátria socialista e humanista plena", o que exigiria "mil batalhas" para derrotar "em paz" os que "pretendem debilitá-la", disse Chávez, via satélite, a partir do palácio presidencial, em alocução transmitida em cadeia nacional de rádio e televisão.

"Não tínhamos melhor maneira" de comemorar o Bicentenário "do que precisamente celebrando como independentes, como somos hoje, nunca mais seremos colônia de império algum", ressaltou Chávez, vestido com a faixa presidencial e escoltado pelos oito principais chefes militares do país.

"Após ter perdido a independência que tanto nos custou, nestes últimos 10 anos a pátria de Bolívar, nós, soldados e seu povo, recuperamos a independência", acrescentou.

Com agências