Guatemala se prepara para coibir violência eleitoral
As autoridades guatemaltecas iniciam já sua preparação para garantir tranquilidade durante a votação do dia 6 de novembro para presidente da República, mas os partidos políticos são chamados hoje à ordem.
Publicado 30/09/2011 12:41
Durante o primeiro turno das eleições gerais, no dia 11 deste mês, foram registrados 80 incidentes em toda a Guatemala. Existem, porém, indícios de uma maior incidência de atos violentos durante a apuração.
Talvez os ânimos não esquentem para além do normal em todo o território nacional, mas existem pontos nevrálgicos identificados como locais de risco, ainda que os imprevistos em outros locais também devem ocorrer.
Principalmente em cinco municípios, onde se repetirá a votação para os cargos locais, a Polícia Nacional Civil prevê reforçar a presença de agentes, que terão seu descanso suspenso dois dias antes da contenda nacional.
O Tribunal Supremo Eleitoral, sobretudo, solicitou aos agrupamentos políticos que controlem seus simpatizantes para evitar confrontos e para que os resultados sejam respeitados no longo prazo.
No complexo processo de campanha para o segundo turno das eleições, organizações sociais e camponesas exigiram que os dois candidatos que disputam a presidência expliquem detalhadamente como aplicarão as políticas agrárias oferecidas.
Tais agrupamentos estão integrados à Aliança para o Desenvolvimento Rural Integral e afirmam que os dois candidatos não esclarecem a maneira de resolver os problemas e conflitos agrários guatemaltecos.
A exigência se dirige a Otto Pérez Molina, do Partido Patriota, e a Manuel Baldizón, do Liberdade Democrática Renovada, que incluem o tema em suas campanhas sem dizer como implementarão os projetos prometidos.
Como detalhe importante neste ambiente, estudantes da Universidad de San Carlos, a maior desta nação, protagonizaram ontem uma manifestação através do bloqueio de uma avenida nesta capital, com demandas relativas à apuração dos votos.
Dirigentes da manifestação explicaram que a mesma deveu-se ao projeto "não vote em militares", que se opõe à candidatura e eventual triunfo do ex-general Pérez Molina, relacionado ao passado de desmandos militares.
Fonte: Prensa Latina