João Ananias alerta sobre denúncia de venda de lixo hospitalar

João Ananias ficou indignado com o problema denunciado. “A pergunta que temos de fazer é quem está importando esse tipo de material, burlando a lei?” Ele lembrou ainda que o lixo hospitalar não pode ser misturado com outro tipo de lixo. “Como que o lixo americano com marcas de sangue vem para o Brasil e ainda é vendido impunemente em comércio atacadista?”, indagou.

Leia o discurso na íntegra:

Apresento aqui cópia da manchete de hoje do jornal “O Povo” do meu estado, o Ceará, que coloca “Lixo Hospitalar Americano é vendido em Fortaleza”. Na capa do jornal “O Povo”, está uma funcionaria da vigilância sanitária da SESA do Ceará, Sra. Geralda Cunha, que mostra tecidos com timbre do “Departamento de veteranos de Guerra” uma instituição de saúde dos Estados Unidos, inclusive com recomendação impressa proibindo sua comercialização.

A pergunta que temos que fazer: quem está importando esse tipo de material, burlando a lei? Se o lixo hospitalar não pode sequer ser misturado com outro, como que o lixo americano, inclusive, com marcas de sangue, vem para o Brasil e ainda é vendido impunemente em comércio atacadista?

Srs. Deputados, isso além de se constituir num crime, que atenta contra a saúde pública, é um flagrante desrespeito ao nosso País, como destino do lixo, seja ele qual for do Império americano.

É bom que o povo saiba que o lixo do consumo exagerado dos norte-americanos há muito tempo vem sendo exportado para outras nações, até mesmo o lixo nuclear. Existia até poucos anos atrás a famosa “barcaça do lixo”, que percorria os países mais subalternos da América Central, distribuindo lixo. Nosso País não vive mais o período da ditadura, que era subordinada ao mando e aos interesses americanos.

Encaminhei oficio ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, solicitando que seja acionada imediatamente a Policia Federal para apurar esses fatos deletérios que estão acontecendo e responsabilizar a ou as empresas envolvidas nesse comércio e os agentes públicos que por ventura tenham sido coniventes com esses processos de importações ilegais.

A opinião pública merece um esclarecimento imediato sobre isso e a devida punição dos infratores.

Com isso Sr. Presidente, nos termos regimentais e dado a impossibilidade da leitura em Plenário, que seja dado como lido para efeito de registro nos anais dessa Casa, a matéria apresentada no jornal “O Povo”, na primeira página, na edição de hoje (20.10,2011).

Era só Sr. Presidente.

Fonte: Assessoria do Deputado Federal João Ananias (PCdoB/CE)