Inquérito sobre corrupção no governo de Arruda segue lento

Quase dois anos após a operação Caixa de Pandora, o inquérito que investiga a participação do ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, em esquema de corrupção operado durante sua gestão do GDF ainda não foi apresentado à Justiça.

A Procuradoria-Geral da União promete denunciar Arruda ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) até o final do mês de junho. Segundo a PGR, Arruda e os outros serão denunciados por crimes como formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
Pelo menos 25 pessoas devem ser listadas na denúncia, sob responsabilidade da subprocuradora-geral Raquel Dodge. Além de Arruda, o ex-vice Paulo Octávio, ex-deputados distritais e integrantes do secretariado flagrados em vídeo recebendo propina, como Leonardo Prudente, Jaqueline Roriz, Eurides Brito e Rubens Brunelli, também serão denunciados.
O ex-governador é acusado de comandar um esquema de cobrança de propina a empresas que tinham contratos com o GDF e repassar o dinheiro a parlamentares. O esquema era operado pelo ex-presidente da Codeplan e secretário de Relações Institucionais da gestão Arruda, Durval Barbosa, que documentou os pagamentos em vídeo e entregou as fitas à polícia em troca de redução de penas.
Bens livres
Em novembro do ano passado, a 2ª Turma do Tribunal de Justiça do DF (TJDF) decidiu desbloquear os bens no valor de até R$ 300 mil do ex-governador Arruda. O pedido de bloqueio tinha sido feito pelo Ministério Público.