Palestinos lamentam morte de Chávez e Israel não se pronuncia
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) e palestinos nas ruas demonstraram apoio ao presidente venezuelano Hugo Chávez, enquanto o Ministério das Relações Exteriores de Israel evitou fazer comentários sobre o seu falecimento, nesta terça-feira (5). O comandante bolivariano havia rompido relações diplomáticas com o governo israelense em 2009.
Publicado 06/03/2013 14:32
"Não temos qualquer avaliação sobre essa questão", disse à Agência Efe o porta-voz das Relações Exteriores Yigal Palmor.
Em janeiro de 2009 o governo de Caracas, liderado por Chávez, rompeu relações diplomáticas com Israel, por conta da operação militar Chumbo Fundido contra a Faixa de Gaza, depois de acusar o governo israelense de cometer genocídio. O embaixador isralense foi expulso da Venezuela, na ocasião.
O governo de Chávez sempre foi crítico de Israel nos fóruns internacionais e pediu reiteradamente punições da ONU pelo descumprimento de resoluções do organismo e violação dos direitos do povo palestino. O presidente chegou a chamar Israel de um "Estado genocida" pelas políticas reiteradas de opressão contra os palestinos e pelas diversas operações militares e outros ataques frequentes que ocasionaram já milhares de mortes.
Por sua vez, Israel acusou repetidamente a Venezuela de ter laços estreitos com o partido de resistância palestino Hamas, o partido libanês Hezbollah e com o Irã, país com quem o presidente confirmou e defendeu laços, fazendo frente ao imperialismo ocidental e israelense na região.
Em 2009, Chávez chamou publicamente de "louco" e "ladrão" o então ministro de Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman (político da ultra-direita nacionalista e líder do partido Yisrael Beitenu, que se demitiu por escândalos de corrupção em 2012), e disse que suas declarações sobre uma suposta presença de células do Hezbollah na Venezuela eram uma estratégia para colaborar com planos dos EUA contra a Venezuela.
Com informações do UOL,
Da Redação do Vermelho