Foro de São Paulo prepara encontro para julho no Brasil 

O Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo (GT) inicia neste domingo (17), na Cidade do México, os preparativos de seu 19º encontro, previsto para finais de julho em Brasília. 

Participam da reunião, que tem por sede o hotel Palace Sevilha, representantes de partidos de esquerda do Brasil, Venezuela, Equador, Nicarágua, El Salvador, Cuba, México, República Dominicana e outros.

O GT também examinará um relatório para sua próxima reunião preparatória que se realizará em Havana, Cuba, nos dias 29 e 30 de abril.

O deputado pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) ao Parlamento Latino-americano, Roy Daza, declarou à Prensa Latina que para o 19º Foro de São Paulo se apresentam temas como a solidariedade no continente e as vias para conhecer o pensamento político de Hugo Chávez.

As reuniões do Grupo de Trabalho do Foro, disse, são decisivas para que o Encontro em si mesmo se realize, e acrescentou que no caso da reunião que terá lugar em Havana o tema de preparação será a crise econômica mundial e as perspectivas e desafios dos governos progressistas da América Latina.

Daza avaliou o alcance do Foro ao longo do tempo. Quando o Foro foi fundado, o único partido de esquerda latino-americano que estava no poder era o Partido Comunista de Cuba (PCC), e hoje uma boa parte dos partidos fundadores ou incorporados nessas mais de duas décadas, estão no poder ou fazem parte de alianças de governo e iniciaram processos de mudanças e transformações em seus respectivos países.

A analista do departamento de relações internacionais do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba (PCC), Idalmis Brooks, destacou à agência Prensa Latina as origens, há mais de duas décadas do Foro, a partir dos esforços de Luiz Inácio Lula da Silva, então dirigente sindical à frente do Partido dos Trabalhadores, e do líder cubano Fidel Castro.

A ideia foi concebida, recordou, para fazer frente à derrubada do campo socialista e buscar um espaço latino-americano para estimular a luta da esquerda na região diante de novos desafios.

Para Idalmis, na reunião deste domingo deve primar a necessidade da unidade e da integração, como a única via possível para o futuro da América Latina, a partir dos elementos que dentro da diversidade unem o continente.

Está previsto também projetar um plano de solidariedade para em toda a América Latina apoiar o processo bolivariano na Venezuela e a candidatura à presidência da República de Nicolás Maduro, que personifica a continuidade do pensamento de Chávez.

Prensa Latina