Afeganistão e EUA concordam sobre bases militares permanentes

O presidente do Afganistão Hamid Karzai afirmou que os Estados Unidos devem aceitar as condições estabelecidas pelos afegãos se procura manter bases militares permanentes neste país. Karzai disse nesta quinta-feira (30) que “nenhum acordo beneficiará o Afeganistão se for assinado sem tomar em conta os interesses [afegãos]”.

Soldados dos EUA no Afeganistão - HispanTV

Nos primeiros dias de maio, o mandatário afegão anunciou que Washington pretendia instalar bases militares em nove das principais cidades do Afeganistão depois de 2014.

Em 2 de maio de 2012, Washginton e Cabul tinham assinado um acordo que autoriza a presença das tropas estadunidenses por um período de 10 anos depois de 2014, esta última foi a data acordada previamente para a retirada completa das tropas estrangeiras do Afeganistão. O Parlamento do país aprovou o pacto dias depois.

Washington alega que a permanência dos seus efetivos no território afegão ajudaria a pôr fim à violência no país asiático. Entretanto, despois da invasão estadunidense, em 2001, sob o pretexto de lutar contra o terrorismo, a instabilidade e a insegurança aumentaram.

Ainda assim, alguns parlamentares afegãos condenaram energicamente a continuação da presença militar estadunidense no seu território. O proeminente Partido da Unidade Nacional do Afeganistão, rechaçou o recente acordo com os EUA, agregando que Washington “utiliza o tema do terrorismo como pretexto para as bases militares, mas estamos contra o estabelecimento de tais fortes em nosso território”.

O líder do partido, Bismilá Shir, afirmou: “Já deixamos claro que não precisamos de bases estadunidenses no nosso país. O que necessitamos neste momento é de uma base econômica”.

Anteriormente, Karzai também exigiu o fechamento da prisão militar estadunidense na base de Guantánamo, que "se converteu em todo o mundo no símbolo de um Estados Unidos que se burla da supremacia da lei".

Fonte: HispanTV
Tradução da redação do Vermelho