Negociações da Autoridade Palestina com Israel são suspensas

A contínua expansão das colônias israelenses nos territórios palestinos e o descaso com o processo de paz retomado em julho resultaram na suspensão das negociações, nesta quinta.
Autoridades israelenses têm declarado reiteradamente a construção de novas unidades habitacionais, com medidas criticadas por todo o mundo, mas que continuam sem medidas práticas de resposta.

O anúncio de mais 20.000 unidades habitacionais nas colônias provocou a reação dos palestinos com a revolta pelo descompromisso israelense e a provocação das medidas em pleno processo de negociação, de acordo com a agência palestina de notícias Wafa.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu decidiu cancelar os planos de construção depois de uma mobilização internacional de crítica veemente à recente divulgação.

Segundo o jornal israelense Ha’aretz, Israel e os Estados Unidos passam por momentos de tensão, com disputas sobre as negociações com os palestinos e sobre as conversações relativas ao programa nuclear iraniano.

De acordo com o jornal, vários ministros do governo de Netanyahu têm criticado o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, como um “mau mediador”, enquanto os palestinos vinham exigindo maior intervenção do aliado de Israel para a pressão contra a construção das colônias.

O novo processo de negociações foi anunciado no final de julho, e as delegações palestina e israelense realizaram mais de 20 reuniões, embora a falta de avanços diplomáticos tenha dominado esse período e as críticas do povo palestino contra o posicionamento israelense.

As negociações estavam previstas para durar nove meses, com a discussão de temas essenciais para a solução final e a criação do Estado da Palestina, mas a frustração e a ineficiência do processo mais uma vez definiram uma estagnação fundamental.

Na quarta-feira (13), a agência palestina de notícias, Ma’an citou diplomatas dos dois lados sobre a falta de previsão para uma nova rodade de conversações, após o pedido de demissão dos negociadores palestinos, em protesto pelos planos israelenses.

Um membro da Organização para a Libertação da Palestina havia declarado que as negociações tinham sido suspendidas, sem qualquer previsão para uma nova reunião com os israelenses.

Com agências,
Moara Crivelente, da redação do Vermelho