Farc propõem que fundo para reparação de camponeses venha dos EUA

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) dão continuidade ao processo de paz, em seu 20º ciclo de negociações com o governo colombiano, que acontecem em Havana, Cuba. Atualmente, as partes discutem a questão das drogas ilícitas, que é o terceiro ponto de uma agenda prevista em seis temas de acordo.

Governo da colômbia e Farc avançam no diálogo pela paz - Divulgação

Como parte de suas propostas para uma nova política antidrogas, o grupo insurgente demandou, na última quarta-feira (5), a suspensão imediata das fumigações de veneno nas lavouras de coca, papoula e maconha, além da reparação das vítimas do agrotóxico.

“É preciso ter em conta o fracasso dessa política auspiciada pelo imperialismo estadunidense na chamada ‘guerra contra as drogas’ e considerar os efeitos nocivos ao meio ambiente e os danos à saúde que produzem esses agrotóxicos dispersados sobre as comunidades camponesas”, pronunciou a guerrilha em comunicado.

A iniciativa é uma resposta à determinação do governo colombiano de reiniciar esta prática no próximo dia 15 de fevereiro. Segundo as Farc “isso contradiz o espírito das propostas que foram feitas pelos delegados guerrilheiros no diálogo”.

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Ao mesmo tempo, o grupo insurgente sugeriu a realização de um censo para identificar as vítimas reais desses agentes químicos utilizados para erradicar as plantações. De acordo com o grupo, este levantamento constituirá a base para o início de um programa de reparação integral dos indivíduos afetados.

As Farc indicaram ainda que a melhor maneira de levantar fundos para reparar os trabalhadores rurais afetados é utilizar os recursos provenientes do financiamento “que os EUA vêm realizando com a sua política antidrogas fracassada na Colômbia”.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina