"Oposição venezuelana deve deixar a violência de lado"

O presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Diosdado Cabello, reiterou nesta sexta-feira (11) o chamado do governo à oposição para que se "desligue da violência" e se una à pacificação do país. Cabello se pronunciou durante um encontro entre as partes, realizado no Palácio de Miraflores, em Caracas, com o apoio da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e do representante diplomático do Vaticano, Aldo Giordan.

Cabello

Diosdado Cabello destacou a atitude contraditória da direita oposicionista, que exige do governo o desarmamento dos chamados "coletivos" (grupos armados, também criticados pelo presidente Nicolás Maduro), mas que se mantém em silêncio diante dos atos de violência perpetrados pelos grupos de extrema-direita.

"O país não merece que por uma divergência política não se condene a violência. Nós estamos preparados para nos sentar onde e quando quer que seja para falar de paz e para melhorar o que tiver que melhorar", acrescentou.

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Por sua vez, o vice-presidente da Área Econômica, Rafael Ramírez, destacou que a Venezuela deixou de ser um país periférico da economia estadunidense porque a revolução lhe devolveu a independência para controlar nossos recursos nacionais.

Ramírez afirmou que acredita no diálogo e aposta no avanço aa transformação do país. Ele recordou que importantes organismos internacionais, incluindo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), reconheceram a Venezuela como um dos países que mais tem feito no mundo para erradicar a pobreza. Segundo o funcionário do governo, "pela primeira vez na história da nação a renda do petróleo é investida no povo, em suas necessidades sociais".

Enquanto isso, o secretário geral do partido opositor Comitê de Organização Política Eleitoral Independente (Copei), Roberto Enríquez, disse que "as crises podem ser resolvidas com novas oportunidades, mas podem terminar também quando há violência, sangue e morte e todos temos a obrigação de evitar esse fenômeno".

Segundo Enríquez, "os níveis de desabastecimento agora são os mais altos do continente, e temos o pior crescimento econômico da região apesar dos rendimentos do petróleo, os mais altos de todos os tempos". Ele considerou que "existem alguns temas da constituição nacional que necessariamente há que debater com seriedade, o único pacto possível é respeitar o pacto social da Carta Magna".

Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina