Cone Sul deve se unir por eleições de governos progressistas na AL
Na tarde desta terça-feira (26) aconteceram as reuniões simultâneas das secretarias regionais do 20º Foro de São Paulo, que tem lugar em La Paz, na Bolívia. É um momento no qual os delegados dos partidos de esquerda que participam do evento fazem um informe sobre a situação política de seus países e discutem um plano de ação conjunta para a América Latina, separados em sub-regiões: Cone Sul, Andino Amazônia e Meso-América e Caribe.
Por Théa Rodrigues, de La Paz para o Portal Vermelho
Publicado 27/08/2014 16:10

O Portal Vermelho acompanhou a reunião do Cone Sul, que inclui os países Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Rony Corbo, da Comissão de Assuntos de Relações Internacionais da Frente Ampla do Uruguai, coordenou a mesa de debates e apresentou o plano de ação resultante da reunião.
Segundo o informe feito por Corbo, o trabalho deste trimestre inclui prioritariamente os processos eleitorais que acontecerão, na Bolívia, no Brasil e no Uruguai. “Qualquer retrocesso nestes países será um duro golpe para os avanços da integração regional”, afirmou.
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Ricardo Alemão Abreu, secretário de relações internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) falou sobre a atual conjuntura eleitoral no Brasil. “Vivemos uma encruzilhada política e esta eleição é decisiva para seguir avançando nas mudanças”, afirmou ele ao ressaltar que o país vive um ciclo progressista que já dura mais de dez anos.
Alemão disse que apesar de a esquerda estar no centro do poder no Brasil, não tem maioria parlamentaria. Segundo ele, isso dificulta bastante a tomada de decisões no país. O secretário de Relações Internacionais afirmou também que a presidenta Dilma Rousseff sofre ataques difamatórios e cobranças por temas que não dizem respeito ao Governo Federal. Ele fez também uma breve explanação sobre o cenário político, após a morte de Eduardo Campos, candidato do Partido Socialista Brasileiro (PSB).
O 20º Foro de São Paulo acontece até a próxima sexta-feira (29) e conta com a participação de mais 50 partidos políticos, 173 delegados de 19 países.
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