Cinco grandes revoluções consolidam nova etapa do governo bolivariano

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira (2) que cinco grandes revoluções vão consolidar a refundação e a nova etapa do governo bolivariano: a primeira será econômica; a segunda é do conhecimento, ciência, cultura e tecnologia; a terceira compreende o aprofundamento das missões sociais; a quarta engloba a revolução política do Estado, enquanto a quinta consiste na construção do socialismo territorial, que expressa a consolidação do modelo de comunidade.

Nicolás Maduro - AVN

Em cadeia nacional de rádio e televisão, Maduro explicou que, em geral, estas revoluções buscam a renovação dos métodos de trabalho do governo para consolidar a estabilidade nacional, a prosperidade e a vitória da paz. “Que grande vitória a nossa”, disse.

O presidente, interessado em fortalecer o bem-estar do povo venezuelano e continuar com a transformação social do país, durante seu pronunciamento anunciou a fusão de ministérios, designou novos ministros e ratificou outros membros do gabinete executivo em seus cargos.

Também anunciou medidas econômicas, propôs impulsionar obras que estão em marcha, ajustou as funções das vice-presidências e criou duas novas: a vice-presidência de Planificação e Conhecimento e a de Segurança e Soberania Alimentar, ao tempo que também criou a Autoridade Única Nacional de Trâmites e Licenciamentos.

“O que vai acontecer é que vamos seguir com nossa revolução socialista e vamos continuar reformulando os métodos de governo e as políticas. Convoco, em nome de Hugo Chávez, a fazer que esta seja a hora de uma revolução dentro da revolução que consolide os horizontes da economia, da vida social e da prosperidade nacional”, afirmou Maduro.

Cinco revoluções

De acordo com Maduro, a revolução econômica busca alcançar a potência produtiva da Venezuela e permitir o desenvolvimento da economia autônoma, diversificada, avançada e harmônica, com capacidade de satisfazer as necessidades materiais do país.

A segunda revolução será do conhecimento, ciência, cultura e tecnologia, que engloba e funde as distintas dimensões do desenvolvimento geral do país. Maduro detalhou ainda que a terceira revolução é para aprofundar as missões sociais que estão em marcha e segundo o legado do comandante Hugo Chávez.

O presidente venezuelano indicou que a quarta etapa é a revolução da política de Estado, que continuará dando poder ao povo, com base na democracia participativa, com justiça social e direitos.

Por último, Maduro manifestou que a quinta revolução será a do socialismo territorial, que implica a reorganização e consolidação do modelo de convivência em comunidade, para o desenvolvimento da vida e do modelo ecossocialista, “que pode agrupar os desafios que o comandante Hugo Chávez desenhou com o objetivo de preservar o planeta”.

Redução da pobreza e do desemprego

O presidente Maduro destacou o salto exponencial e os ganhos sociais que o país tem experimento desde o início da Revolução Bolivariana, em 1999, sob a liderança do comandante Hugo Chávez.

O presidente fez questão de deixar claro que as mudanças anunciadas nesta terça-feira (2) têm como objetivo continuar avançando a independência e a soberania, pelas quais tanto trabalhou Chávez.

Neste sentido, destacou que o êxito do modelo socialista que se constrói na Venezuela se evidencia em indicadores socioeconômicos como a redução da pobreza e do desemprego.

O presidente informou que as cifras do Instituto Nacional de Estatística revelam que ao fechar o primeiro semestre de 2014, a taxa de desemprego ficou em 6,8%, o valor mais baixo dos últimos 30 anos. Este mesmo indicador, antes de 1998, estava em 25%.

Destacou que atualmente os empregos formais representam 60% do total, enquanto os informais estão em 40%. Isso evidencia a vontade do Executivo “em manter os trabalhadores estáveis”.

Maduro afirmou que “o desemprego vem caindo, de maneira visível, mesmo em anos tão difíceis como 2013 e 2014”, período em que a direita iniciou uma guerra econômica “para afetar os índices e indicadores macroeconômicos, por meio de seus mecanismos como o contrabando, a acumulação e a especulação”, explicou.

Ressaltou também que durante os primeiros 10 anos sob o governo socialista de Chávez, se consolidou o poder popular e nasceu um novo modelo socioeconômico de igualdade e justiça capaz de combater a pobreza extrema.

Apontou que Chávez construiu o caminho para a pacificação do país, diante da violência, repressão e miséria que caracterizou as décadas 80 e 90, na época sob os governos do pacto conservador.

Além disso, Maduro ressaltou a criação das grandes missões sociais para erradicar progressivamente a pobreza extrema, que durante os governos da “Quarta República” atingiam cifras de 21% e hoje, depois de 15 anos da Revolução Bolivariana, já caíram para 5,5%.

Fonte: AVN
Tradução de Mariana Serafini, do Vermelho