Vozes em todo mundo desejam paz para a Colômbia

 Desejosos por um futuro de paz e progresso para a Colômbia, políticos, artistas, defensores de direitos humanos e outras vozes em todo o mundo pediram nesta quinta-feira (27) a continuidade das conversas para pôr fim ao conflito armado protagonizado há mais de meio século pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Paz na Colômbia - politicaexterior.com

Os grupos de negociação do governo de Juan Manuel Santos e das Farc, atualmente em um impasse, são apoiados por cidadãos, líderes e intelectuais, dentro e fora da Colômbia, e que esperam a rápida retomada dos diálogos entre as partes beligerantes.

“Desejamos que o processo chegue a um final feliz para satisfação a da América Latina e do resto dos países”, disse o chanceler equatoriano Ricardo Patiño durante uma visita de trabalho a Bogotá.

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“Esperamos poder desfrutar da notícia de que as negociações chegaram ao resultado que esperamos de vocês, o êxito da mesa em Havana, representará um horizonte de prosperidade e distensão para a Colômbia”, acrescentou.

Em Washington após receber a Medalha da Liberdade, o legendário cantor estadunidense Stevie Wonder, também pediu o fim do confronto.

“Minha mensagem é de que não há nada maior que a vida e por isso temos que pôr um fim à guerra, para que as famílias possam florescer e realizar as coisas grandiosas que supostamente devem fazer”, comentou durante a cerimônia.

O intérprete e compositor, premiado com 25 Grammy Latinos, disse aos jovens que devem contribuir para construir um cenário pacífico com seu trabalho criativo.

“Nos causam dor os soldados e policiais que estão no campo de batalha, os guerrilheiros, as mães que têm que receber a notícia fatal do desaparecimento forçado de seus filhos, as mulheres que têm sido violadas, os meninos e as meninas”, disse o senador Iván Cepeda durante uma marcha para exigir a restauração dos encontros na capital cubana.

Os diálogos entre representantes do governo e das Farc para terminar os confrontos foram suspensos pelo presidente Santos após o desaparecimento do general Rubén Darío Alzate e outras duas pessoas no departamento de Chocó.

Posteriormente as Farc reivindicaram a captura do comandante militar e seus acompanhantes, além de anunciar a pronta libertação desse grupo e a de dois soldados retidos em Arauca em qualidade de prisioneiros de guerra, que recuperaram a liberdade na terça-feira passada.

Depois da entrega de Alzate, a advogada Glória Urrego e o cabo Jorge Rodríguez, prevista para o próximo sábado, os diálogos deverão ser reiniciados para enterrar o período bélico, que deixou cerca seis milhões de vítimas no decorrer de mais de meio século.

O ministério da defesa informou que desde esta quinta-feira estão suspensas as operações da Força Pública na zona de Chocó para facilitar esse procedimento, no qual participarão integrantes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR) e dos países garantes do processo – Cuba e Noruega.

Previamente, porta-vozes das Farc e seu chefe máximo, Rodrigo Londoño, pediram garantias ao executivo para pôr em liberdade o general, Urrego e Rodríguez sem arriscar suas vidas nem a dos guerrilheiros que os acompanharão até chegarem às mãos da missão do CICR.

O comandante da Força de Tarefa Titán foi capturado em circunstâncias confusas durante um percurso pelo povoado Las Mercedes, nas orlas do rio Atrato, vestido de civil e sem escolta.

Fonte: Prensa Latina