Ato de Solidariedade em Fortaleza reforçará apoio à Venezuela

Representantes de diversas frentes dos movimentos sociais se unem em defesa da soberania da Venezuela e de seu povo. Para construir ações conjuntas, foi criado o Comitê de Solidariedade à Venezuela, que será lançado em ato público nesta terça-feira (22), a partir das 17h, na Pracinha da Gentilândia, no Benfica, bairro histórico e democrático, que reúne universidades e estudantes.

Brasil Venezuela

O Comitê, que será lançado no Dia Nacional de Luta e Solidariedade a Venezuela, é composto no Ceará por diversas entidades, dentre elas o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), a Casa de Amizade Brasil-Cuba, a União da Juventude Socialista (UJS), a União Brasileira de Mulheres (UBM), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e outras frentes ligadas aos movimentos sociais. “Faremos este ato para iniciar nossa ação conjunta em defesa da Venezuela, divulgar junto à população a necessidade desse apoio e buscar mais adesões”, informa Teresinha Braga Monte, coordenadora do Cebrapaz-CE.

A médica ressalta a urgência em divulgar e apoiar a luta dos vizinhos latinos em defesa de sua soberania. “Consideramos a relevância de que, neste momento, possamos reforçar esta luta que se desenvolve na Venezuela, de defender a manutenção da democracia local e sua atudeterminação. Nós nos posicionamos contrários à ingerência de outros países na soberania da Venezuela, principalmente dos Estados Unidos, que tem ameaçado iniciar intervenções militares. É nosso papel, dos países da América Latina, ampliar este apoio para, assim, fortalecermos este de clima de unidade, contra os retrocessos que a região vive”, defende.

Luis Carlos Paes de Castro, presidente estadual do PCdoB-CE, também apoia a iniciativa e considera a necessidade de intensificar ações pra esclarecer a população sobre o que realmente está em jogo no país vizinho. “Este é o momento de promover este debate e defendermos este povo que resiste bravamente e merece a nossa solidariedade”, avalia.

Saiba mais

Mais de 8 milhões de pessoas foram às urnas no dia 30 de julho para eleger a Assembleia Nacional Constituinte convocada pelo governo da Venezuela. O país tem enfrentado com altivez os ataques à sua soberania. Enquanto Maduro dialoga, a direita responde com violência. Desde o início de 2017, mais de 100 pessoas morreram, na maioria das vezes por ataques da direita.

Foram eleitos 540 deputados, dos quais 364 foram eleitos pelo sufrágio universal em divisões municipais e os outros foram votados pelas categorias sociais: operários, camponeses, estudantes, deficientes físicos, população indígena, aposentados, empreendedores e membros das comunas.

Além dos ataques internos, o país também sofre represálias internacionais. Enquanto os Estados Unidos ameaçam iniciar uma intervenção militar, o Mercosul anunciou suspender, por tempo indeterminado, a Venezuela do bloco por “ruptura da ordem democrática”.

Serviço

Lançamento do Comitê de Solidariedade à Venezuela

Data: terça-feira (22)
Hora: a partir das 17h
Local: Pracinha da Gentilândia (Bairro Benfica) – Fortaleza-CE