Bielorrússia: Rússia denuncia interferência externa

“Notamos uma pressão sem precedentes exercida por alguns países estrangeiros sobre as autoridades bielorrussas. Dá para ver as características claras de uma tentativa de interferir nos assuntos soberanos de um Estado para dividir a sociedade e desestabilizar o país”, pontuou.

Em meio as ações provocativas que o governo bielorrusso denuncia serem instigadas do exterior para fins de desestabilização, a porta-voz expressou sua esperança de que em breve a situação no país vizinho volte ao normal.

Depois de informar que pelo menos 100 policiais ficaram feridos desde a última segunda-feira nos protestos, incluindo dois atropelados por veículos em Minsk, Zajarova pediu a todas as partes contenção e racionalidade na Bielorrússia.

A porta-voz da chancelaria rejeitou as tentativas de apontar um envolvimento da Rússia nos distúrbios no país vizinho, onde a polícia teve de realizar pelo menos 3.000 prisões por violação da ordem constitucional e realização de atos violentos e ataques a policiais.

Alguns meios de comunicação de Moscou referiram-se à atuação dos participantes nos protestos que, desde segunda-feira passada, praticam provocações contra agentes da ordem pública, para posteriormente mostrarem a sua reação como casos de violência das forças da ordem.

Zajarova também manifestou a esperança de que, após conversações entre os órgãos de segurança e os procuradores da Rússia e da Bielorrússia, seja resolvida a questão da detenção de 33 membros da empresa militar privada russa Bagner, vítimas de uma operação da segurança ucraniana

De acordo com a televisão local, uma operação foi planejada em Kiev para levar membros de Bagner com experiência em conflitos armados para a Bielorrússia, usando documentos falsos, para apresentá-los à segurança bielorrussa como um grupo que busca desestabilizar o país vizinho.

A oposição na Bielorrússia, após a vitória do presidente Alexander Lukashenko, com mais de 80 por cento dos votos, iniciou violentos protestos em Minsk e outras cidades daquele país.

Fonte: Prensa Latina