Pesquisas apontam vitória, mas não se pode subestimar o adversário

Pesquisa DataFolha revela a rejeição do governo e o desejo urgente de mudar os rumos do país. Apesar de apontar […]

Pesquisa DataFolha revela a rejeição do governo e o desejo urgente de mudar os rumos do país. Apesar de apontar ampla vantagem de Lula na disputa, as lideranças dos partidos do movimento Vamos Juntos pelo Brasil destacam que há um longo caminho a ser percorrido para garantir a vitória.

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Em intervenção na abertura da reunião da direção nacional do PCdoB , que acontece nesta sexta-feira (27), a sua presidenta nacional, Luciana Santos, destacou que é preciso ter o pé no chão e trabalhar intensamente para garantir a vitória. “É necessário ter muito pé no chão e muita tranquilidade, porque de hoje até as eleições, muita coisa pode ocorrer, e certamente irá ocorrer. Temos que, com estes números e análises em mãos, buscar contribuir para uma vitória logo no primeiro turno”, alertou para o conjunto dos dirigentes do partido.

Foto: Bruno Bou

Gleise Hoffmam, presidenta nacional do PT, também comemorou os números que apontam uma possível vitória de Lula no 1º turno, mas, assim como Luciana, salientou que é preciso ter os pés no chão para alcançar a vitória.

Luciana Santos e Gleisi Hoffmann ao centro

Ao analisar a pesquisa durante a reunião do PCdoB, Luciana Santos destacou que “é crescente o interesse do povo em torno das eleições. Sete de cada dez eleitores dizem estar atentos e interessados no pleito e, a cinco meses das eleições, 74% já indicam o nome de quem irá votar em outubro”. Na avaliação de Luciana, o que as pesquisas apontam é uma tendência de antecipação do segundo turno.

Outro aspecto relevante na análise da comunista é a redução da rejeição de Lula de 37% para 33%, enquanto 54% dizem que nunca votariam em Bolsonaro.

Para a presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleise Hoffmann (PT-PR), os números mostram que os brasileiros não suportam mais um governo que só gerou desemprego, fome e custo de vida elevado aos brasileiros.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que a população jamais perdoa quem age (ou consente) para estabelecer a carestia, a inflação, desemprego e piora da qualidade de vida. É por isso que a fatura eleitoral de Bolsonaro se encaminha para ser bem salgada — por sinal, como aquela que ele mesmo entregou ao povo brasileiro.

Caos econômico e resiliência de Bolsonaro

Luciana Santos afirmou que o Brasil vive um caos econômico e social, que se revela de forma dramática na endemia da fome e da miséria do povo. Apesar disso, alerta, “Bolsonaro é um fenômeno da extrema direita que possui capacidade de mobilização e forte resiliência. Ele mantém coeso um percentual do eleitorado que é capaz de fazer e defender tudo em nome do mito. O apoio dos empresários brasileiros a Bolsonaro já foi maior, mas o presidente ainda consegue arrancar desse grupo aplausos, como foi visto em reunião com representantes de supermercados dias atrás. No mesmo modo, os expoentes do sistema financeiro, mantem níveis variados de apoio”. Por isso, a mensagem da presidenta do PCdoB é a de que as pesquisas aprofundam as esperanças de virar essa página da história, mas não se pode subestimar o adversário.

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