Moraes dá 2 dias para que Bolsonaro explique discurso de ódio e violência

A decisão responde a uma ação da oposição, ingressada na quarta-feira (13), quatro dias após o tesoureiro do PT Marcelo Arruda ser morto a tiros por um bolsonarista, no último dia 9, em Foz do Iguaçu, Oeste do Paraná.

Alexandre de Moraes, presidente do TSE. Foto: Rosinei Coutinho/Agência Brasil

O presidente em exercício do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, determinou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) explique, em no máximo 2 dias, os discursos de ódio e incitação à violência que realizou. A medida é resultado de uma representação de partidos de oposição.

A ação foi ingressada na quarta-feira (13), quatro dias após o tesoureiro do PT Marcelo Arruda ser morto a tiros por um bolsonarista, no último dia 9, em Foz do Iguaçu, Oeste do Paraná. O autor dos disparos invadiu a comemoração dos 50 anos da vítima e gritou frases como “aqui é Bolsonaro” durante o ataque.

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Moraes também determinou que, após a explicação de Bolsonaro, o Ministério Público Eleitoral se manifeste sobre o caso no prazo máximo de dois dias.

O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), ressalta que também foi solicitado que Bolsonaro use os canais de informação para condenar a violência política e pague multa de R$ 1 milhão para cada ato contrário a determinação.

“O discurso que estimula o conflito entre opositores reflete somente na perda de vidas como a de Marcelo Arruda. Por isso, é necessária uma resposta institucional urgente que ajude a cessar a intolerância política instalada no país”, frisou.

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