Presidente do PCdoB, Luciana Santos integrará equipe de transição

Grupo já se reúne no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, sob o comando do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin.

A presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, anunciou que estará na manhã desta terça-feira (8), no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, para se somar à equipe de transição do governo Lula. “Vamos juntos preparar a reconstrução do nosso país”, disse ela.

A equipe de transição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá ser dividida em quatro coordenações principais, que irão se reportar ao coordenador-geral, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB). 

Rosângela Silva, a Janja, mulher de Lula, comandará o grupo responsável pela cerimônia e a festa de posse do presidente, no dia 1º de janeiro. O ex-deputado Floriano Pesaro (PSB) comandará a área Administrativa e Jurídica, e integrantes da liderança do PT na Câmara e no Senado; a área de Relações Institucionais será comandada pela presidenta do PT, Gleisi Hoffmann; e o Programa de Governo e Núcleos Temáticos ficará com Aloizio Mercadante.

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Pelo menos 28 grupos temáticos estarão divididos por áreas como saúde, meio ambiente, cultura, segurança pública, educação e direitos humanos. O total de áreas poderá chegar a 32 — número de ministérios que Lula deverá ter Esplanada.

Do lado do atual governo, o papel na transição ficou a cargo do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (Progressista). Também participam o general Luiz Eduardo Ramos e o ministro Fábio Faria, da Comunicação.

O desafio da gestão transitória será negociar com o Congresso Nacional ajustes no Orçamento de 2023. O foco inicial dos trabalhos será assegurar, no orçamento do próximo ano, a manutenção do auxílio para a população carente em R$ 600. Até o momento, esse valor não está assegurado previsto em R$ 450.

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Durante sua campanha, Lula se comprometeu com um valor adicional de R$ 150 por criança de até seis anos. A ideia é retomar o antigo Bolsa Família, revogado por Bolsonaro.

Além do auxílio para a população carente, outros temas considerados prioritários na revisão do orçamento de 2023 são:

  • ganho real (acima da inflação) de 1,3% ou 1,4% ao salário mínimo em 2023;
  • recursos para a saúde, como, por exemplo, os utilizados no programa Farmácia Popular;
  • recursos para merenda escolar.

Além de montar o quebra-cabeças orçamentário, o presidente eleito também participará, nos próximos dias, da 27ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP27, em Sharm El Sheikh, no Egito.

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