Ex-deputado Chico Lopes é homenageado na Câmara com o Mérito Legislativo

Militante por uma sociedade mais justa e um Brasil menos desigual, Lopes recebeu a mais importante honraria concedida pelo parlamento brasileiro

(Foto: Richard Silva/PCdoB na Câmara)

Ex-deputado federal por três mandatos pelo PCdoB no Ceará, Francisco Lopes da Silva, ou simplesmente Chico Lopes, foi um dos agraciados pela Câmara dos Deputados com a Medalha Mérito Legislativo de 2022. A cerimônia ocorreu nesta quarta-feira (7).

Com uma vida dedicada à defesa dos trabalhadores e dos mais necessitados, o professor Chico Lopes tem uma longa carreira de serviços prestados ao Brasil. Vereador de Fortaleza de 1983 a 1989, elegeu-se deputado estadual em 1998 e, novamente, em 2002. Em 2006 elege-se deputado federal, sendo reeleito em 2010 e 2014.

Teve participação ativa nas lutas pela redemocratização do país, destacando-se na campanha pela Anistia, nas Diretas Já e nos movimentos contra a carestia. Nascido em 13 de agosto de 1939, segue forte e saudável aos 83 anos.

Após a cerimônia, o ex-deputado agradeceu a homenagem e disse que se sentia feliz com o atual momento, “porque estamos cada vez mais abrindo as portas para garantir a consolidação da Democracia”. “Espero que nosso país nunca mais volte a viver uma ditadura”, completou.

Condecoração

Criada em 1983, a Medalha Mérito Legislativo é conferida pela Mesa Diretora da Casa para condecorar autoridades, personalidades, instituições ou entidades que tenham prestado serviços relevantes ao Poder Legislativo ou ao Brasil.

Neste ano, 30 pessoas ou instituições receberam o prêmio. A indicação para a homenagem a este grande brasileiro, dedicada à luta pela construção de uma sociedade com mais justiça social, foi do líder da bancada do PCdoB, deputado Renildo Calheiros (PE).

A sessão solene de entrega das condecorações foi presidida pelo presidente da Casa, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), no Plenário Ulysses Guimarães.

In memoriam

Entre os agraciados desta edição, estão o jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira, assassinados em junho deste ano durante expedição na região do Vale do Javari (AM), que receberam uma homenagem post mortem.