Maduro chega ao Brasil com perfis agradecendo oxigênio para Manaus

Em meio as críticas de perfis bolsonaritas que acusaram o presidente venezuelano de ditador, as respostas vinham sempre com ajuda dada para a capital amazonense

Primeiras cargas de oxigênio da Venezuela já chegaram ao Brasil l Foto: Márcio James

O encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nesta segunda-feira (29), no Palácio do Planalto, está nos assuntos mais comentados do Twitter.

Em meio as críticas de perfis bolsonaritas que acusaram o presidente venezuelano de ditador, as respostas vinham sempre com a lembrança de que foi Maduro quem ajudou Manaus na pior crise da pandemia da Covid-19.

“OBRIGADO, Maduro, por enviar oxigênio pra Manaus quando o governo Bolsonaro se recusou. Maduro salvou milhares de brasileiros, só não salvou mais porque Bolsonaro não permitiu que os cilindros chegassem de avião”, respondeu o influenciador Thiago dos Reis.

Não faltaram imagens e matérias sobre os cinco caminhões com oxigênio que chegaram na capital amazonense, em janeiro, vindo do país vizinho.

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Em meio a repercussão nas redes sociais, o presidente Lula postou: “O preconceito com a Venezuela é muito grande. Na campanha, havia muitos discursos contra a Venezuela. Diziam que o Brasil iria virar Venezuela, enquanto, na verdade, só queremos que o Brasil seja Brasil”.

(Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Comércio

De acordo com a Presidência da República, os dois Chefes de Estado vão tratar de temas das agendas regional, a exemplo da integração sul-americana e da cooperação amazônica, e multilateral, notadamente no que se refere aos temas de paz e segurança e mudança do clima

O comércio bilateral alcançou cerca de US$ 1,7 bilhão em 2022, com exportações brasileiras de US$ 1,3 bilhão e importações de quase US$ 400 milhões.

“Vale recordar que o intercâmbio entre os dois países chegou a alcançar US$ 6 bilhões em 2013, o que demonstra o potencial da relação e enseja o aprofundamento do diálogo com vistas à retomada das parcerias econômicas, da complementariedade de cadeias produtivas e da remoção de obstáculos ao comércio”, diz nota do governo.

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