OCDE eleva para 1,7% a projeção do PIB do Brasil e valida projeção do mercado

Boletim Focus do Banco Central também elevou nesta semana a projeção do PIB brasileiro para 1,68%, patamar muito próximos ao estabelecido pela OCDE

Imagem: Agência Brasil/Site do PT

Divulgado nesta quarta-feira (7), o relatório de perspectivas econômicas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) elevou as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. A projeção que antes estimava um PIB de 1,0% para 2023, agora coloca em 1,7%. A previsão para 2024 subiu de 1,1% para 1,2%.

O crescimento apontado corrobora com a estimativa do Boletim Focus, do Banco Central, divulgado na última segunda (5), que elevou pela quarta vez a projeção para a expansão da economia no ano: de 1,26% para 1,68%.

Conforme o relatório da OCDE, a revisão reflete os resultados do PIB surpreendente do Brasil no primeiro trimestre, em 1,9%, com forte impulso agrícola.

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As revisões, sempre corrigindo os valores para cima, revelam que as medidas colocadas pelo governo na área econômica têm gerado resultados presentes e criado boas perspectivas para o futuro.

Neste bojo estão o avanço das reformas fiscal (arcabouçou fiscal/ regime fiscal sustentável) e tributária, além dos esforços para a redução do déficit público com a reversão de desonerações, o restabelecimento da cobrança de tributos federais sobre os combustíveis, o Programa Litígio Zero, assim de programas que reaquecem a economia e visam devolver o poder de compra para as pessoas: Desenrola Brasil, desconto automotivos, volta da política de valorização do salário mínimo, entre outros.

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A projeção corrigida pela OCDE, no entanto, indica uma desaceleração depois da retomada que houve pelo represamento econômico decorrente da pandemia de Covid-19, quando o Brasil registrou em 2022 um crescimento de 2,9% no PIB.

Para a entidade, a limitação do crescimento brasileiro em 2023 se dará pelo crescimento baixo de empregos, alta inflação e diminuição de crédito. Neste aspecto as exportações em baixa pela redução da demanda global também contam.

Apesar do que é colocado, dados recentes trazidos pelo Portal Vermelho mostraram que a taxa de desemprego entre fevereiro e abril foi de 8,5%, a menor desde 2015, além do saldo positivo em 180 mil vagas formais no mercado de trabalho criadas em abril. Já a inflação tem desacelerado a cada mês. O IPCA de maio confirmou a tendência de queda da inflação no Brasil.

Sinais de que os rumos econômicos do país estão nos trilhos e não será surpresa se novas revisões positivas ocorrerem.

Ainda sobre a inflação, a Organização acredita que a meta estabelecida entre 1,75% e 3,75% para o ano será estourada pelo Banco Central e, por isso, os juros devem ficar em 13,75% a.a. até meados do terceiro trimestre. Esta tem sido a principal “âncora” que segura a economia nacional e atinge, justamente, o que a própria OCDE aponta para limitação do crédito.

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O governo tem feito a sua parte e as condições para a redução da taxa básica de juros estão colocadas, no entanto o Banco Central tem mantido a posição intransigente de manutenção da Selic.

Para o PIB global a OCDE estima que 2023 ficará em 2,7% de crescimento e 2024 em 2,9%.

*Com informações de agências de notícias