Feriado de independência dos EUA é marcado por ataques a tiros

Registros indicam que 10 pessoas morreram e 38 ficaram feridas em três ataques nas comemorações de 4 de julho

Reprodução/KYW

O feriado nacional de 4 de Julho nos Estados Unidos, quando comemoram a independência, foi marcado por ataques a tiros.

Em Fort Worth, no Texas, três pessoas foram mortas e oito ficaram feridas. Na cidade de Filadélfia, na Pensilvânia, cinco foram mortos e duas pessoas ficaram feridas por um atirador com um fuzil AR-15, na noite de segunda-feira (3). Um dia antes, na cidade de Baltimore, em Maryland, duas pessoas foram mortas enquanto 28 ficaram feridas.

As circunstâncias ainda estão sendo investigadas. Somente o suspeito do ataque na Filadélfia, um homem de 40 anos, está preso.

Os crimes fizeram com que o presidente dos EUA, Joe Biden, endurecesse o discurso para aumentar o controle sobre armas de fogo.

“Nossa nação, mais uma vez, suportou onda de atentados trágicos e sem sentido”, lamentou o presidente que pediu bom senso para os defensores do porte de armas para que se debata com seriedade o tema.

Desde que assumiu, Biden tenta aumentar a rigidez sobre quem pode acessar armas de fogo por meio de antecedentes criminais, como também restringir a venda fuzis semiautomáticos (arma de assalto/portátil), que são comumente utilizados em ataques.

No entanto as medidas sofrem resistência no Congresso norte-americano, principalmente pela ala Republicana e pelo poderoso lobby (pressão de grupos organizados) da indústria de armas nos EUA. Os congressistas que apoiam o direito da posse de arma se valem da 2ª Emenda da Constituição americana que protege o direito da população em possuir e portar armas.

De acordo com a plataforma Gun Violence Archive, até o dia 8 de maio os EUA tiveram 1,6 ataques com armas por dia, um total de 201 tiroteios. Ao acessar a plataforma aqui, os dados atualizados até 5/7 indicam 356 tiroteios em massa.

O número anual desses eventos que já era assustadoramente alto cresceu ainda mais nos últimos anos, sempre ultrapassando 600 casos por ano. Em 2020 foram registrados 610 casos, em 2021 foram 690 e em 2022 foram 646 tiroteios, conforme aponta a plataforma.

No ano passado, o Congresso dos EUA encomendou um estudo, apresentado pela deputada Carolyn Maloney, em que foi revelado que a indústria de armas amealhou um bilhão de dólares na última década com a venda dos fuzis semiautomáticos – os mais utilizados nos atentados. Ou seja, a indústria de armamentos tem prosperado em meio aos tiroteios em massa.

*Com informações de agências internacionais.