Unânime, ata do Copom aponta para corte de 0,5% nas reuniões de 2023

Divulgado nesta terça (8), documento indica que um corte mais intenso de 0,75% só aconteceria a partir de “surpresas positivas que elevassem a confiança”

Foto: Reprodução/ Banco Central

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central não considera intensificar o corte para além dos 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Em ata divulgada nesta terça (8), o Copom indica caminho para a Selic a 11,75% no final do ano.

“Com relação aos próximos passos, os membros do Comitê concordaram unanimemente com a expectativa de cortes de 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões e avaliaram que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, disse.

“O comitê julga como pouco provável uma intensificação adicional do ritmo de ajustes, já que isso exigiria surpresas positivas substanciais que elevassem ainda mais a confiança na dinâmica desinflacionária prospectiva”, acrescentou.

A taxa básica de juros estava a 13,75% e sofreu o corte de 0,5 ponto percentual na última quarta (2), após a reunião do comitê. O corte anunciado aconteceu após muita pressão do governo federal e da sociedade civil. Desde o começo do ano, Lula criticou reiteradamente a política monetária do presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Para 2023, ainda ocorrerão mais três reuniões do Copom (setembro, outubro/novembro e dezembro). A expectativa é que ao final do ano a taxa Selic esteja em 11,75%, caso o comitê cumpra a intenção de cortar 0,5 ponto percentual nas reuniões que ainda restam.

Alguns setores do mercado e do setor produtivo desejavam um corte mais intenso da taxa, em 0,75%. No entanto, as incertezas globais, incluindo a desaceleração das exportações da China, e da indústria na Alemanha e Estados Unidos, fizeram com que os membros do Copom decidissem de forma unânime pelo corte de 0,5%

“Os membros do Comitê concordaram unanimemente com a expectativa de cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões e avaliaram que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, disse a ata.

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