Governo suspende 934 mil pessoas do Bolsa Família por irregularidades

Casos explodiram em 2022, quando Bolsonaro flexibilizou a fiscalização do programa com fins eleitorais

Foto: Divulgação/Governo Federal

O governo federal vem promovendo uma limpa nas irregularidades no cadastro do Bolsa Família. Até julho, 934 mil pessoas perderam o benefício após o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social constatar que elas diziam viver sozinhas.

Desde a retomada do programa, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estabeleceu regras para revisão dos cadastros conhecidos como unipessoais, famílias compostas por apenas uma pessoa.

Em abril, o governo bloqueou temporariamente cerca de 1,2 milhão de beneficiários que afirmavam morar sós e determinou a prestação de mais informações. No governo anterior, os benefícios unipessoais saltaram de 2,2 milhões para 5,9 milhões, representando um total de 27% do total dos beneficiários do Bolsa Família.

O aumento fez com que as famílias com duas ou mais pessoas diminuíssem a participação no programa. Essas categoria sempre representou a principal fatia do perfil dos benefícios. Antes da mudança do nome do programa de Bolsa Família para Auxílio Brasil, famílias com duas ou mais pessoas representavam 85% dos beneficiários. O percentual caiu para 73% ao final do governo Bolsonaro.

A pessoa que reside com familiares não pode se cadastrar como família unipessoal. Para se cadastrar no Bolsa Família, o usuário deve preencher um termo de responsabilidade. Caso preste informações falsas, poderá não apenas ter o benefício cortado, mas ser obrigada a devolver os valores recebidos de maneira indevida.

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