Polícia do Rio investiga se médicos foram mortos por engano

Um dos médicos assassinado nesta quinta (5) na Barra da Tijuca (RJ) se parece com o verdadeiro alvo, um miliciano da Zona Oeste chamado Taillon de Alcântara

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a hipótese de que os três médicos assassinados na Barra da Tijuca, nesta quinta (5), tenham sido mortos por engano. Investigações preliminares mostraram que os assassinos podem ter confundido uma das vítimas com um desafeto do grupo.

Os suspeitos dos assassinatos dos médicos seriam integrantes de um grupo criminoso que controla negócios ilícitos na zona oeste do Rio. A polícia encontrou três corpos de traficantes suspeitos de terem executado os médicos.

Os corpos foram localizados pela Delegacia de Homicídios, com o apoio da inteligência da polícia. Três estavam dentro de um carro na Rua Abrahão Jabour, nas proximidades do Riocentro. Um quarto corpo foi encontrado em um outro veículo, na Avenida Tenente-Coronel Muniz de Aragão, na Gardênia Azul.

Os investigadores trabalham com a hipótese de que os executores tinham como alvo um miliciano da região de Jacarepaguá, que se parece com uma das vítimas, o médico Perseu Ribeiro Almeida.

O verdadeiro alvo seria Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de Dalmir Pereira Barbosa, apontado como um dos principais chefes de uma milícia que atua na Zona Oeste da capital fluminense.

Entre os mortos na execução está o ortopedista Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada Sâmia Bomfim.

A polícia investiga se uma pessoa viu o grupo sentado e informou aos assassinos. Na imagem da câmera de segurança, é possível ver um dos atiradores voltando para conferir o Perseu, já baleado.

Suspeitos

A polícia acredita ainda que o engano e a grande repercussão da notícia desagradaram lideranças do Comando Vermelho, facção à qual o grupo criminoso – suspeito de matar os médicos – estaria vinculado. As lideranças da facção teriam ordenado a morte dos assassinos dos médicos.

A hipótese foi levantada depois que a Polícia Civil encontrou, na madrugada desta sexta-feira (6), os corpos de quatro pessoas em dois carros. Dois dos mortos foram identificados como suspeitos de envolvimento com os assassinatos dos médicos. Outros dois ainda não foram identificados.

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