CPI da Braskem dará respostas às famílias sobre a tragédia, diz Omar Aziz

A CPI, que começa oficialmente nesta quarta-feira (21), vai investigar a atuação da empresa de mineração em Maceió (AL), que resultou no afundamento de parte da cidade

Omar Aziz (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, senador Omar Aziz (PSD-AM), diz que a intenção no colegiado não será “vilanizar” nenhuma empresa ou setor, mas as famílias que abandonaram suas casas por causa da tragédia precisam de uma resposta.

O trabalho da CPI, que começa oficialmente nesta quarta-feira (21), vai investigar a atuação da empresa Braskem e suas atividades de mineração em Maceió (AL), que resultou no afundamento de parte da cidade.

“A expectativa é que a comissão forneça para a sociedade informações essenciais para o esclarecimento do episódio e a responsabilização dos culpados”, afirma o senador.

Além da responsabilidade, Aziz explica que a comissão vai ajudar a aprimorar a legislação para que esse grave crime ambiental não volte a acontecer no país.

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A CPI da Braskem vai apurar a conduta da empresa, dos órgãos reguladores e fiscalizadores, bem como os impactos causados aos moradores e ao meio ambiente.

Também buscará possíveis omissões e negligências que teriam contribuído para a ocorrência do desastre, evitando ainda que essas práticas sejam replicadas em outras regiões do país.

O senador promete intensificar os trabalhos de investigação e deixar clara a extensão da responsabilidade da Braskem e demais envolvidos no caso, buscando garantir a reparação dos danos causados e prevenir futuros desastres.

O caso

O caso teve início ainda em 2018, quando moradores de diversos bairros de Maceió perceberam rachaduras em suas casas, além das ruas que começaram a ceder e afundar. Com o passar do tempo, a situação se agravou e levou a evacuação de milhares de famílias, causando prejuízos imensuráveis e deixando um rastro de desabrigados e desalojados.

A Braskem tem sido apontada como responsável pelo desastre, devido à exploração de sal-gema na região.

A empresa utilizava o método de mineração de caverna para a extração de sal, o que teria causado danos irreparáveis ao solo e às estruturas subterrâneas da região, culminando no afundamento de parte de Maceió.

Com informações da assessoria do senador

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