Alexandre de Moraes mantém benefício da delação premiada de Mauro Cid
O teor das declarações será encaminhado para os inquéritos que estão sendo apurados. STF fico satisfeito com novo depoimento
Publicado 21/11/2024 17:42 | Editado 25/11/2024 07:59
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes manteve os benefícios da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O militar prestou depoimento direto ao ministro nesta quinta-feira (21), na sede da Corte.
Em nota, o STF confirmou que Moraes ficou satisfeito com o depoimento e manteve o benefício da delação. O teor das declarações será encaminhado para os inquéritos que estão sendo apurados.
O advogado dele, Cezar Bittencourt, disse à CNN que o depoimento foi considerado positivo pelo ministro numa audiência normal e sem omissões.
Havia a expectativa de que Moraes acabasse com o benefício da delação e até decretasse a prisão de Cid caso ele continuasse nas suas contradições, conforme depoimento prestado nesta quarta-feira (20) à Polícia Federal (PF).
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À PF, o ex-ajudante de ordens disse que não tinha conhecimento do plano do golpe de Estado e dos assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Moraes.
Ocorre, que a PF tem informações de que Cid trocou mensagens com o general da reserva Mario Fernandes, um dos presos na operação. O ex-ajudante, por exemplo, monitorava o ministro do STF.
Ele foi preso em maio do ano passado por decisão de Moraes. O ministro do STF aceitou a colaboração premiada do militar, que a prisão no Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília, em 9 de setembro do ano passado.
Cid estava detido por envolvimento na falsificação do cartão de vacina contra a Covid-19 do ex-presidente e familiares.
Ele também é investigado pela venda nos Estados Unidos das joias sauditas, dadas como presentes por chefes de Estado ao ex-presidente.
A PF ainda encontrou no celular dele a troca de mensagens de cunho golpistas com outros militares e ainda uma minuta do documento Garantia da Lei e da Ordem (GLO).