Pesquisa sobre eleição na capital divide tucanos e pressiona Marta
O Datafolha publicou, na Folha de S. Paulo deste domingo (9), mais uma pesquisa sobre as eleições municipais de 2008. A nova amostragem deve tornar ainda mais conturbado o ambiente entre os grupos de Serra e Alckmin no PSDB e, em conseqüência, na alian
Publicado 10/12/2007 18:59 | Editado 04/03/2020 17:19
O primeiro cenário trabalhado pelo instituto, com candidaturas de Alckmin, Marta e Kassab, expõe empate técnico na liderança – 26% para o tucano e 25% para a petista -, enquanto o atual prefeito aparece com 13%. Indo ao segundo turno, Geraldo Alckmin ganharia de ambos os oponentes. No entanto, diferente do que apresentou pesquisa do Ibope publicada na semana passada, uma segunda rodada entre Marta e Kassab daria vitória para a atual ministra do Turismo.
A posição de Alckmin alimenta o discurso de seu grupo em favor de sua candidatura, já que é, de longe, o nome mais competitivo do PSDB. “Ele é muito forte, tem a menor rejeição e vence em todas as projeções de segundo turno”, alega o deputado Edson Aparecido, entusiasta do ex-governador.
Visão distinta têm os tucanos serristas. Para eles, o objetivo é consolidar a aliança com o DEM visando o apoio à candidatura Serra em 2010 e, para isso, é fundamental o apoio do PSDB à reeleição de Kassab. A tática é colocar as eleições presidenciais como o centro de todas as movimentações partidárias e encaixar Alckmin nesse projeto, em eventual candidatura ao governo do estado.
Já entre os petistas o principal problema é convencer Marta Suplicy a entrar na disputa. A ministra tem dito reiteradamente que só pretende pensar em eleições em 2010, quando poderia ser candidata ao governo de São Paulo. Ocorre que seu grupo político – que deu demonstração de força ao vencer Berzoini no estado nas eleições do PT – tem pressionado, já que é o único nome petista de peso na contenda. A tônica desse pensamento é dada por Jilmar Tatto: “Acho que Marta deveria refletir um pouco mais e entrar na disputa”. O principal nome na ausência da ex-prefeita seria o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia, que tem apenas 1% das intenções de voto.
Com Folha de S. Paulo